TRANSFORMAÇÕES DO CORPO: Era parabiose

Autores

  • Keline da Costa Brito Universidade Federal do Maranhão – UFMA/Campus de São Bernardo

DOI:

https://doi.org/10.18766/2446-6549/interespaco.v2n4p109-118

Palavras-chave:

Corpo, Subjetividade, Controle, Biotecnologia, Body, Subjectivity, Control, Biotechnology, Cuerpo, Subjetividad, De control, Biotecnología

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo analisar as transformações que o corpo vem sofrendo decorrente da visão mecanicista que se tem dele, alterando, além de sua dimensão biológica, a subjetividade do indivíduo e suas relações com o meio, resultante da adaptação das biotecnologias ao corpo. Partiremos da abordagem Heideggeriana de preocupar-nos diante do uso tecnológico sobre o próprio indivíduo, e simultaneamente usaremos as análises foucaultiana sobre a rentabilidade do corpo político. Isso fez com que se incida sobre ele um discurso normativo como o tipo de alimento, os exercícios, além do uso de medicamentos e próteses para ampliar o poder dos corpos. Concomitantemente usa-se a engenharia genética possibilitando alternativas de um corpo aperfeiçoado pelo uso de artefatos biotecnológicos que almejam estender a forma natural humana, ou seja, uma parabiose. O Biopoder se realiza cotidianamente, e atua de várias formas através dos mecanismos de poder, estes potencializaram o controle da vida, sem que para isso use força física para impor seu controle. O que pode ser fantástico para a evolução humana, também pode tornar-se algo sem precedente. Portanto, o corpo se tornou um empreendimento a ser administrado, no qual, sem percebermos, vai sendo transformado e “aperfeiçoado”, resultando em uma quimera para a filosofia.

Palavras-chave: Corpo; Subjetividade; Controle; Biotecnologia.


BODY TRANSFORMATION: Period parabiosis

ABSTRACT

This paper aims to analyze the changes that the body has suffered due to the mechanistic view that has him changing, and its biological dimension, the subjectivity of the individual and their relationship with the environment, resulting from the adaptation of biotechnology to body. We start from the Heideggerian approach to concern ourselves on the technological use of the individual, and at the same time we will use the Foucault's analysis of the profitability of the body politic. This made if it relates to a normative discourse as the type of food, exercise, and the use of drugs and prostheses to extend the power of bodies. Concomitantly is used genetic engineering enabling alternative of a body enhanced by the use of biotechnological artifacts that aims to extend the natural human form, ie a parabiosis. The Biopower is performed daily, and acts in various ways through the mechanisms of power, these potentiated control of life, without this use physical force to impose their control. What can be fantastic for human evolution, it can also become something unprecedented. Therefore, the body has become an enterprise to be administered, in which, without realizing it, is being transformed and "perfected", resulting in a chimera for philosophy.

Keywords: Body; Subjectivity; Control; Biotechnology.


TRANSFORMACIÓN DEL CUERPO: Era parabiosis

RESUMEN

Este artículo tiene como objetivo analizar los cambios que el cuerpo ha sufrido debido a la visión mecanicista que le ha cambiando, y su dimensión biológica, la subjetividad del individuo y su relación con el medio ambiente, como resultado de la adaptación de la biotecnología para cuerpo. Partimos del planteamiento heideggeriano que preocuparnos sobre el uso tecnológico de la persona, y al mismo tiempo vamos a utilizar el análisis de la rentabilidad del cuerpo político de Foucault. Esto hizo que si se refiere a un discurso normativo como el tipo de alimentación, el ejercicio y el uso de medicamentos y prótesis para extender el poder de los cuerpos. Al mismo tiempo se utiliza la ingeniería genética permite alternativa de un cuerpo mejorado por el uso de artefactos biotecnológicos que tiene por objeto ampliar la forma humana natural, es decir, un parabiosis. El biopoder se realiza todos los días, y actúa de diversas maneras a través de los mecanismos de poder, control de éstos potenciada de la vida, sin esta fuerza física utilización de imponer su control. ¿Qué puede ser fantástico para la evolución humana, también puede convertirse en algo sin precedentes. Por lo tanto, el cuerpo se ha convertido en una empresa para ser administrado, en el que, sin darse cuenta, está siendo transformado y "perfeccionado", lo que resulta en una quimera para la filosofía.

Palabras clave: Cuerpo; Subjetividad; De control; Biotecnología.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Keline da Costa Brito, Universidade Federal do Maranhão – UFMA/Campus de São Bernardo

Graduanda do 7º período do Curso de Licenciatura Interdisciplinar em Ciências Humanas/Sociologia da Universidade Federal do Maranhão – UFMA/Campus de São Bernardo. Integrante do grupo de pesquisa NEO-BIO: Ontologia, Corpo e Biopolítica.

Referências

FERNANDES, Elizabeth A. Bioética e direitos humanos: a proteção da dignidade da pessoa humana na era da Genética. 2008. 163 f. Dissertação (Mestrado em Direitos Humanos) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2140/tde-07072010-150239/pt-br.php>. Acesso em: 15 abr. 2015.

FOUCAULT, Michel. A Governamentalidade. In: ______. Microfísica do Poder (Org.). Tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Editora Graal, 1979. p.277-295.

______. O Uso dos Prazeres e as Técnicas de Si. In: ______. Ditos & Escritos V: ética, sexualidade, política. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.

______. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. 41. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

HARAWAY, Donna. Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. Tradução de Tomaz Tadeu. In: TADEU, Tomaz (Org.). Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós-humano. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009. p. 33-118.

KUNZRU, Hari. “Você é um ciborgue”: um encontro com Donna Haraway. Tradução de Tomaz Tadeu. In: TADEU, Tomaz (Org.). Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós-humano. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009. p. 17-32.

LOPARIC, Zeljko. A fabricação do humano. 2005. Disponível em: <http://www.interleft.com.br/loparic/zeljko/pdfs/fabricahumano.pdf>. Acesso em: 27 out. 2015.

PREMEBIDA, Adriano. As biotecnologias e a politização da vida. 2008. 283 f. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2008. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/temas/teses/2008_ADRIANO_PREMEBIDA.pdf>. Acesso em: 27 out. 2015.

SEBASTIÃO, Sônia. Sujeito pós-moderno: de andrógino a pós-humano. Comunicação & Cultura, n. 9, p. 59-75, 2010. Disponível em: <http://comunicacaoecultura.com.pt/wp-content/uploads/03.-S%C3%B3nia-Sebasti%C3%A3o.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2015.

Downloads

Publicado

2016-07-10

Como Citar

Brito, K. da C. (2016). TRANSFORMAÇÕES DO CORPO: Era parabiose. InterEspaço: Revista De Geografia E Interdisciplinaridade, 2(4), 109–118. https://doi.org/10.18766/2446-6549/interespaco.v2n4p109-118