GOVERNAMENTALIDADE COMO PRÁTICA DE SUBMISSÃO DO CORPO À BIOPOLÍTICA
DOI:
https://doi.org/10.18766/2446-6549/interespaco.v2n4p97-108Palavras-chave:
Governamentalidade, Corpo, Biopolítica, Razão de Estado, Governmentality, Body, Biopolitics, Reason of State, La gubernamentalidad, Cuerpo, Razón de EstadoResumo
Investiga a prática governamental definida por Michel Foucault como uma arte de governar, como esse poder político se aperfeiçoou, demonstrando que ele se caracteriza por práticas adquiridas sob uma concepção da “razão de Estado”, operando por meio de sistemas de submissão que, aplicados ao corpo, funcionam como ferramentas de dominação e construção da espécie. Em primeira instância, busca-se conhecer os conceitos que permitiram a Michel Foucault construir a noção de governamentalidade pautada na razão de Estado, quer dizer, uma racionalidade governamental que se notabiliza por uma nova maneira de regulamentação política e submissão do corpo para assim manter os indivíduos presos aos aparelhos de poder. A partir do século XVIII, Foucault identifica uma série de mecanismos que possibilitaram a ascensão do Estado como um poder centralizador e,depois, poder capilar e pulverizado que rege a espécie humana. Entre tais mecanismos se dá ênfase a algo que Foucault identificou como biopolítica: uma prática governamental pela qual se conduz (por meio da força ou não) estratégias políticas que legitimam o poder do Estado, encontrando na população seu objeto de produção e potencialização. Esse poder governamental proposto por Foucault implica uma série de condições específicas que possibilitaram sua expansão para o meio onde se desenvolve a população. Toda a filosofia, do denominado último Foucault, possui como centro de sua atenção a constituição de um novo modelo de poder, a organização de políticas preocupadas essencialmente com a gestão da vida, e o surgimento de um novo horizonte onde os indivíduos e as forças do Estado e do Capital entrariam em conflito.
Palavras-chave: Governamentalidade; Corpo; Biopolítica; Razão de Estado.
GOVERNMENTALITY AS SUBMISSION OF PRACTICE OF THE BODY TO BIOPOLITICS
ABSTRACT
Investigates government practice defined by Michel Foucault as a statecraft, as this political power has improved demonstrating that it is characterized by practices acquired under a concept of "reason of state" working through submission systems that applied to the body function as domination of tools and construction of the species. In the first instance we seek to know the concepts that allowed Michel Foucault build the notion of governmentality guided by the reason of state, that is, a governmental rationality that is notable for a new way of political regulation and body submission in order to maintain individuals attached to power devices. From the eighteenth century Foucault identifies a series of mechanisms that made possible the rise of the state as a centralizing power and then capillary and sprayed power that governs the human species. Among such mechanisms is given emphasis to something that Foucault identified as biopolitics: a government practice by which it leads (through force or not) political strategies that legitimize the power of the state, finding the population its object the production and potentiation. This government power proposed by Foucault entails a number of specific conditions that allowed its expansion into the middle where develops the population. . The whole philosophy of the so-called last Foucault has the center of its attention the creation of a new model of power, the organization of concerned policies mainly with the management of life, and the emergence of a new horizon where individuals and state forces and Capital would conflict.
Keywords: Governmentality; Body; Biopolitics; Reason of State.
GOBERNAMENTALIDAD COMO PRESENTACIÓN DE LA PRÁCTICA DEL CUERPO DE BIOPOLÍTICA
RESUMEN
Investiga práctica de un gobierno definido por Michel Foucault como un arte de gobernar, ya que el poder político ha mejorado lo que demuestra que se caracteriza por prácticas adquiridas bajo un concepto de "razón de Estado" que trabajan a través de sistemas de presentación que se aplicaban a la función del cuerpo como dominio de herramientas y la construcción de la especie. En el primer caso buscamos conocer los conceptos que permitieron que Michel Foucault construir la noción de gubernamentalidad guiada por la razón de Estado, es decir, una racionalidad gubernamental que se caracteriza por una nueva forma de regulación política y la sumisión del cuerpo con el fin de mantener los individuos unido a dispositivos de potencia. A partir del siglo XVIII Foucault identifica una serie de mecanismos que hicieron posible la aparición del Estado como un poder centralizador y luego capilar y el poder rociado que rige la especie humana. Entre estos mecanismos se da énfasis a algo que Foucault identifica como la biopolítica: práctica de un gobierno por el cual se conduce (a través de la fuerza o no) las estrategias políticas que legitiman el poder del estado, la búsqueda de la población objeto la producción y potenciación. Esta fuente de gobierno propuesto por Foucault implica una serie de condiciones específicas que permitieron su expansión en el medio donde se desarrolla la población. Toda la filosofía de la llamada Foucault última tenga el centro de su atención a la creación de un nuevo modelo de poder, la organización de que se trate en primer lugar con la política la gestión de la vida, y la aparición de un nuevo horizonte donde los individuos y las fuerzas del estado y el capital entrarían en conflicto.
Palabras clave: La gubernamentalidad; Cuerpo; Biopolítica; Razón de Estado.
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Referências
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