O USO DOS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE NA AGRICULTURA FAMILIAR: contextualizando a experiência do sudoeste do Paraná

Autores

Palavras-chave:

, Indicadores. Agricultura Familiar. Desenvolvimento rural. Sustentabilidade.

Resumo

Os indicadores são conjuntos de parâmetros que visa medir as modificações antrópicas de um determinado sistema, sendo uma forma simples de avaliar se o mesmo é sustentável. O presente artigo tem como objetivo apresentar e analisar as experiências do Sudoeste do Paraná no que se refere a utilização dos indicadores de sustentabilidade para avaliação dos sistemas produtivos da agricultura familiar na região. A metodologia escolhida foi à revisão bibliográfica através da base de dados dos trabalhos realizados em nível de mestrado e doutorado sobre a avaliação dos indicadores de sustentabilidade na região até o ano de 2018. Com a aplicação dos indicadores é possível avaliar os agroecossistemas em seus diversos momentos/tempos planejando e monitorando as atividades e assim auxiliar as tomadas de decisão, visando o desenvolvimento rural sustentável.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cristiane Maria Tonetto Godoy, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (2008) e mestrado em Extensão Rural pela Universidade Federal de Santa Maria (2011) e Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural (2015), atualmente bolsista pós-doc do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional UFTPR Campus Pato Branco. Atuou também como tutor a distância da Universidade Aberta do Brasil - UFSM e como assessora territorial de gestão social do projeto Nedet/MDA. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Agronomia, atuando principalmente nos seguintes temas: agricultura familiar, agroecologia, educação ambiental, desenvolvimento rural sustentável e percepção ambiental, identidades e territórios ambientais.

Wilson Itamar Godoy, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional UFTPR Campus Pato Branco

Professor Associado nível 3, atuando desde 1994 no Curso de Agronomia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus Pato Branco. Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal de Santa Maria (1981), especialização em Olericultura pela UFV(1990), Mestrado em Fitotecnia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1998) e Doutorado em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas (2005). Exerceu as funções de coordenador do curso de graduação em Agronomia da UTFPR e Diretor da DIREC (Diretoria de Relações Empresariais e Comunitárias). Orienta e co-orienta estudantes de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional da UTFPR. Tem experiência na área de Extensão e Desenvolvimento Rural, atuando por 10 anos em diversas cidades paranaenses como extensionista da EMATER-PR. Atualmente desenvolve pesquisas com ênfase em Comunicação Rural, Extensão Rural, Extensão Universitária, Feira-livre, Agricultura Orgânica, Agricultura Familiar, Educação ambiental, Desenvolvimento Rural Sustentável, Agroecologia e Avaliação de sustentabilidade de Agroecossistemas. Tem contribuído para o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar, publicando o livro As feiras-livres de Pelotas sob o império da globalização: perspectivas e tendências e diversos outros artigos sobre o assunto. Revisor de periódicos: Revista Brasileira de Agroecologia, Revista Horticultura Brasileira, Ciência Rural e a Revista Desenvolvimento Regional em Debate. É Tutor do Grupo PET-Agronomia (UTFPR, Pato Branco) desde agosto de 2009. Tem coordenado diversos eventos de Extensão Universitária no Sudoeste Paranaense abrangendo as áreas técnicas e culturais.

Thiago de Oliveira Vargas, Programa de Pós-Graduação emAgronomia UFTPR Campus Pato Branco

rofessor Adjunto da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), câmpus Pato Branco. Doutor em Fitotecnia (Produção Vegetal) pela Universidade Federal de Viçosa. Doutorado SWE/CNPq Department of Environmental Studies, University of California at Santa Cruz (2011-2012). Mestrado em Fitotecnia pela UFV (2009). Graduação em Agronomia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (2006). Professor permanente dos Programas de Pós-Graduação em Agronomia (PPGAG) e Desenvolvimento Regional (PPGDR) da UTFPR, câmpus Pato Branco. É membro das Associações Brasileiras de Agroecologia (ABA) e Horticultura (ABH). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Agroecologia e Produção Orgânica de Plantas, atuando principalmente nos seguintes temas: olericultura, melhoramento genético do tomateiro, desempenho de cultivares ao sistema orgânico de produção, adubação verde, fixação biológica de nitrogênio, sistema de plantio direto de hortaliças (SPDH), plantas alimentícias não convencionais (PANCs, hortaliças não-convencionais, hortaliças tradicionais), hortaliças nutracêuticas.

Referências

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente Saúde. Indicadores Ambientais. Brasília, DF, 2014. Disponível em:<http://www.mma.gov.br/governanca-ambiental/informacao-ambiental/sistema-nacional-de-informacao-sobre-meio-ambiente-sinima/indicadores >. Acesso em: 3 de jan. 2019.

BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Agropecuário 2006. 2009. Disponível em:> www.sidra.ibge.gov.br> . Acesso em: 01 de fev. 2019.

BORTOLOTTI, M. A. O papel da assistência técnica e extensão rural na evolução dos agroecossistemas familiares, fundamentados por práticas agroecológicas na Microrregião de Pato Branco –PR. 2014. 81f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional) – Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco, 2014.

COMISSÃO DE POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E DA AGENDA 21 NACIONAL. Agenda 21 brasileira: bases para discussão. Brasília, DF: MMA: PNUD, 2000.

COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. Nosso Futuro Comum. Rio de Janeiro: Ed. Da Fundação Getúlio Vargas, 1988.

CORÁ, M. B. Avaliação da sustentabilidade em agroecossistemas hortícolas na microrregião de Pato Branco – PR: comparação entre ciclos de monitoramento. 2014. 253f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional) – Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco, 2014.

FURTADO, J. S. Indicadores de sustentabilidade e Governança. Revista Intertox de Toxicologia, Risco Ambiental e Sociedade, vol.2, n. 1, fev., 2009.

GODOY, C. M. T. A emergência da identidade ambiental territorial na agricultura familiar nos municípios de Santa Rosa e Novo Machado, RS. 2015. 113 f. Tese (Doutorado em Agronomia) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2015.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANA. Cidadãos. 2017. Disponível em:>http://www.cidadao.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=252> . Acesso em: 10 mar. 2018.

IPARDES. Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. Relação dos municípios segundo as regiões geográficas do Paraná. Curitiba, Ipardes: 2012. Disponível em:http://www.ipardes.gov.br/pdf/mapas/base_fisica/relacao_mun_regiao_geografica_parana.pdf. Acesso em: 20 de fev. 2019.

GOMES, P. R; MALHEIROS, T. F. Proposta de análise de indicadores ambientais para apoio na discussão da sustentabilidade. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, Taubaté, v. 8, n. 2, p. 151-169, mai-ago, 2012.

HAGN, J.; GODOY, W. I.; SILVA, M. R. da. Avaliação da sustentabilidade de agroecossistemas de agricultores familiares feirantes de Pato Branco-PR: uma análise SWOT. In: XXII Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica UTFPR (SICITE), 7, 2017, Londrina. Anais.

KEMERICH, P. D. da; RITTER, L. G.; BORBA, W. F. Indicadores de sustentabilidade ambiental: métodos e aplicações. REMOA, v. 13, n. 5, p. 3723-3736, 2014.

KRONEMBERGER, D. M. P; CLEVELARIO JUNIOR, J; DO NASCIMENTO, J. A. S; COLLARES, J. E. R; DA SILVA, L. C. D. Desenvolvimento Sustentável no Brasil: Uma Análise a partir da Aplicação do Barômetro da Sustentabilidade. Revista Sociedade & Natureza, Uberlândia, v. 20, n. 1, p. 25-50, jun. 2008.

LIMA, A. O futuro que não queremos: análise crítica do desenvolvimento sustentável e da economia verde no âmbito da Rio + 20. Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), 2013. Nota Técnica. Disponível em:< http://www.cressrs.org.br/arquivos/boletim/%7BE0469214-9C65-409F-8A94-F256B947E9CE%7D_NTCFESS_andrealima.pdf >. Acesso em: 2 de jan. 2019.

LIRA, W. S. Sistema de Gestão do Conhecimento para Indicadores de Sustentabilidade – SIGECIS: Proposta de uma metodologia. Campina Grande – PB. 2008. 178 p. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais, Universidade Federal de Campina Grande. Campina Grande, 2008.

LEFF. E. Discursos sustentáveis. Tradução: Silvana Cobucci Leite. São Paulo: Cortez, 2010.

SILVA, A. M.; CORREIA, A. M. M.; CÂNDIDO, G. A. Ecological Footprint Method: Avaliação da Sustentabilidade no Município de João Pessoa, PB. In: CÂNDIDO, G. A. (Org.). Desenvolvimento Sustentável e Sistemas de Indicadores de Sustentabilidade: Formas de aplicações em contextos geográficos diversos e contingências específicas. Campina Grande, PB: UFCG, 2010, p. 236-271.

MARZAL, K; ALMEIDA, J. Indicadores de sustentabilidade para agroecossistemas: Estado da arte, limites e potencialidades de uma nova ferramenta para avaliar o desenvolvimento sustentável. Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília, v.17, n.1, p.41-59, jan./abr. 2000.

MASERA, O. et al. El proyecto de evaluación de sustentabilidad MESMIS. In: MASERA, O. ASTIER, M. LOPEZ-RIDAURA, S. Sustentabilidad y Manejo de Recursos Naturales: el marco de evoluación MESMIS. México: Mundi-Prensa, 1999.

PASQUALOTTO, N. Avaliação da sustentabilidade em agroecossistemas hortícolas, com base de produção na agroecologia e na agricultura familiar, na microrregião de Pato Branco – PR. 2013. 133f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional) – Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pato Branco, 2013.

PORTO-GONÇALVES, C. W. A globalização da natureza e a natureza da globalização. 3 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.

SEN, A. Desenvolvimento como Liberdade. Cia das Letras, 2010.

SILVA, A. W. L.; SELIG, P. M.; MORALES, A. B. T. Indicadores de sustentabilidade em processos de avaliação ambiental estratégica. Ambiente & Sociedade, v. 15, n. 3, p. 75-96, 2012.

SILVA, J. B. da. Avaliação da Sustentabilidade em Unidades de Conservação na Amazônia Ocidental com foco na Teoria U. 112 f. Dissertação de Mestrado – Programa de Pós-Graduação em Administração do Núcleo de Ciências Sociais Aplicadas, Fundação Universidade Federal de Rondônia. Porto Velho, 2015.

SILVA, M. R. da. Avaliação da sustentabilidade dos agroecossistemas de agricultores familiares que atuam na feira livre de Pato Branco-PR. 2015. 179 f. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional) – Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Pato Branco, 2015.

SOUZA, R. T. M. de; MARTINS, S. R.; VERONA, L. A. F. A metodologia MESMIS como instrumento de gestão ambiental em agroecossistemas no contexto da Rede CONSAGRO. Agricultura Familiar: Pesquisa, Formação e Desenvolvimento, Belém, v.11, n. 1, p. 39-56, jan-jun. 2017.

TAYRA, F.; RIBEIRO, H. Modelos de indicadores de sustentabilidade: síntese e avaliação crítica das principais experiências. Saúde e Sociedade, v.15, n.1, p.84-95, jan-abr. 2006.

VERONA, L. A. F. Avaliação de sustentabilidade em agroecossistemas de base familiar e em transição agroecológica na região sul do Rio Grande do Sul. 2008. 193 f. Tese (Programa de Pós-Graduação em Ciências: Produção Vegetal – Doutorado) - Universidade Federal de Pelotas, Pelotas. 2008.

Downloads

Publicado

2021-08-30

Como Citar

Godoy, C. M. T., Godoy, W. I., & Vargas, T. de O. (2021). O USO DOS INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE NA AGRICULTURA FAMILIAR: contextualizando a experiência do sudoeste do Paraná. Cadernos Zygmunt Bauman, 11(26). Recuperado de http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/bauman/article/view/16898

Edição

Seção

Perspectivas do Desenvolvimento Regional