DESATIVAR A LOUCURA DA DOENÇA MENTAL: uma leitura sobre a transgressão linguística em Foucault
Palavras-chave:
loucura, doença mental, literatura, transgressão linguísticaResumo
Esse artigo busca discutir a análise de Foucault sobre a transgressão linguística enquanto uma forma de desativar a concepção de loucura da figura do discurso médico inscrita como doença mental. Foucault propõe essa desativação de maneira mais clara em um curto texto de 1964 denominado A loucura, a ausência de obra. Essa transgressão linguística, segundo Foucault, se daria através da literatura de vanguarda, pois ela nos traria a possibilidade de uma linguagem que desdobra em si mesma, transgredindo o código da língua vigente ao anular sua potência ordenadora e possibilitando que essa linguagem se organize em outro código de forma muda. O que Foucault nos mostra é como a loucura pode ser anunciada mesmo diante de interditos, mas transgredindo-os ao conservar um vazio de sentido que se desdobra em si mesmo. Há, como veremos, uma vizinhança entre a literatura e a loucura – eis uma forma que Foucault encontra de livrar a loucura da figura da doença mental.Downloads
Não há dados estatísticos.
Downloads
Publicado
2020-12-10
Como Citar
Manzi, R. F. (2020). DESATIVAR A LOUCURA DA DOENÇA MENTAL: uma leitura sobre a transgressão linguística em Foucault. Cadernos Zygmunt Bauman, 10(24). Recuperado de http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/bauman/article/view/15402
Edição
Seção
A CONSTRUÇÃO ANALÍTICA DE FOUCAULT: Ciência, Política e Educação
Licença
Direitos autorais Cadernos Zygmunt Bauman
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.