Rousseau & Rousseau na educação: do Emílio à obra a aia vigilante, de Joanna Rousseau de Villeneuve
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Jean-Jacques Rousseau, oanna Rousseau de Villeneuve, Emílio. Educação no século XVIIIRésumé
O sobrenome Rousseau não era tão incomum no século XVIII, mas é invariavelmente ligado ao filósofo genebrino Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), cuja produção em vários campos, como na música, na política, na literatura e na educação, suscitou polêmicas por seu posicionamento inovador e, em muitos aspectos, distinto de seus colegas iluministas e demais intelectuais de seu tempo. Seu tratado educacional Emílio ou da Educação, publicado pela primeira vez em 1762, fez sucesso, mas foi condenado pelas autoridades por apresentar uma nova perspectiva para a formação humana. Inegavelmente, seu romance pedagógico fez história e influenciou uma corrente de pedagogos que desenvolveram o que foi chamado de Escola Ativa ou Escola Nova. Entretanto, a assinatura Rousseau também pertenceu a outra importante figura do século XVIII que, igualmente, provocou polêmica ao apresentar um tratado de educação com o título: A Aia Vigilante, publicado em 1767. Trata-se da francesa Joanna Rousseau de Villeneuve, da qual não se tem muitas informações, mas que residiu em Portugal e atuou como aia dos filhos do Conde de Oeiras, o qual se tornou depois o Marquês de Pombal. Nesse aspecto, algumas questões foram levantadas: qual a relação entre os dois autores? Qual a influência que teve Jean-Jacques Rousseau sobre o pensamento e a obra de Joana Rousseau de Villeneuve? Quais as proximidades e diferenças entre os dois tratados? E qual a importância de A Aia Vigilante para a educação moderna? Para tentar responder a essas questões, a presente apresentação oral resume o processo de investigação, vinculado ao projeto de pesquisa “Os filhos de Rousseau (os não abandonados): A influência de Jean-Jacques Rousseau na Educação Nova”, do PPGE/FE/UFG. A pesquisa se desenvolve de modo comparativo entre as duas obras, utilizando-se do método hermenêutico, reforçado pela pesquisa bibliográfica de textos dos comentadores e intérpretes de ambos. Sinalizam-se algumas conclusões, como a de que, mesmo influenciada pelo genebrino, a educadora francesa não inovou tanto, embora tenha causado polêmica em seu tempo, mas mais por sua condição de mulher que por suas afirmações.
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Références
CAJOT, Jean Joseph. Les Plagiats de M. J. J. R. de Geneve, sur l’Éducation. Paris: Chez Durand, 1766.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio ou da educação. São Paulo: DIFEL, 1973.
SANTOS, Maria Teresa. Educar os filhos de alguns. A teoria educativa de Locke na prática de Joanna Rousseau de Villeneuve. In: BORGES-DUARTE, Irene. Fios de memória: Liber amicorum para Fernanda Henriques. Lisboa: Humus, 2018.
SILVA, Innocêncio Francisco da. Dicionario Bibliográfico Portuguez de Estudos applicaveis a Portugal e ao Brasil. Tomo X, 3º do supplemento. Lisboa: Imprensa Nacional, 1883.
VASCONCELOS, Maria Celi Chaves e FRANCISCO Ana Cristina B. López M. Aias, governantas e preceptoras: mulheres com a atribuição de educar. Rev. FAEEBA – Ed. e Contemp., Salvador, v. 30, n. 63, p. 239-256, jul./set. 2021.
VILLENEUVE, Joanna Rousseau de. A Aia Vigilante, ou reflexões sobre a educação dos meninos desde a infância até a adolescência. Lisboa: Officina de Antonio Vicente dad Silva, 1767.
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