EDUCAÇÃO E A PANACEIA DO ENSINO REMOTO EM TEMPOS DE CRISE SANITÁRIA
DOI:
https://doi.org/10.18764/2178-2229v29n1.2022.14Palavras-chave:
Educação escolar, Ensino Remoto, Direito à Educação, Crise Sanitária, PandemiaResumo
Sob a luz do materialismo histórico e dialético, o presente texto, decorrente de pesquisa bibliográfi ca e documental, tem por objetivo discutir a oferta educacional no estado do Paraná no período da crise sanitária decorrente da Pandemia da Covid-19, de modo a elucidar os encaminhamentos capitaneados pelo governo do estado, e colocados em prática em escolas públicas, por meio do ensino remoto. Para tanto, o texto tece considerações a respeito da crise sanitária causada pela Pandemia, a qual encontrou solo fértil na crise econômica vivenciada no país e colocou em xeque as decisões governamentais, desvelando que, nas decisões do governo, a proteção do capital se mostrou mais importante do que a proteção da vida humana; apresenta dados sobre a desigualdade que sustenta a lógica capitalista, e, ainda, expõe os principais encaminhamentos político-educacionais para a manutenção da oferta educacional em escolas públicas paranaenses, por meio de deliberações aprovadas pelo Conselho Estadual de Educação e orientações expedidas pela Secretaria de Educação. A análise assinala que o ensino remoto foi considerado como panaceia ao assegurar a oferta educacional, sem que o direito à educação socialmente referenciada tenha sido efetivamente garantido, visto que, nos encaminhamentos político-educacionais, os problemas e difi culdades vivenciados por alunos e profissionais da educação foram minimizados ou mesmo desconsiderados.
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