QUANDO ATROFIAR E DESQUALIFICAR SÃO CONDIÇÕES PARA MANUTENÇÃO DA SUBALTERNIDADE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18764/2178-2229.v26n4p156-168

Palavras-chave:

Educação de jovens e adultos, Escolarização, Subalternidade, Política educacional

Resumo

As reflexões aqui apresentadas compartilham parte da tese defendida, para o concurso de titular da UFG, intitulada o Direito a escolarização e a manutenção da subalternidade, que tomou por objeto de análise a política de educação de jovens e adultos implementada no Brasil, principalmente após a promulgação da Constituição Federal de 1988. Foram acrescidas reflexões resultantes das angústias compartilhadas em outros espaços de diálogo, acompanhando as políticas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação Profissional (EP) no Brasil, e que só se intensificaram, após o processo de impeachment com o Golpe de 2016 e os resultados das eleições de 2018. Para a construção deste artigo contamos com a contribuição de depoimentos de ex-alunos da EJA, que expressam o sentido do retorno à escolarização e os desafios por eles vividos; utilizamos a pesquisa bibliográfica relacionada à modalidade EJA integrada a EP e suas experiências específicas em Goiás; analisamos documentos oficiais, tais como leis, pareceres, projetos político-pedagógicos e dados fornecidos pelos órgãos oficiais, tais como Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O referencial teórico gramsciano é que dá o suporte principal às análises do texto. A história da educação nos revela em muitos momentos que o direito a educação não se efetiva, ou se concretiza como uma oferta de acesso precário ao conhecimento e de certificação aligeirada. Para o contexto em que estamos vivendo, é possível constatar que a atrofia da experiência Proeja também pode ser entendida pelo fato deste programa, que se pretendeu constituir em política, representar uma ameaça mesmo que de forma tímida e não massiva, ao projeto de formação para a subalternidade, tão necessário ao sistema capitalista desigual e combinado.

Palavras-chave: Educação de jovens e adultos. Escolarização. Subalternidade. Política educacional.

WHEN TO DRUNK AND DISQUALIFY ARE CONDITIONS FOR MAINTENANCE OF SUBALTERNITY

Abstract

The reflections presented here share part of the thesis defended for the UFG holder contest, entitled The Right to Schooling and the Maintenance of Subalternity, which took as its object of analysis the policy of youth and adult education implemented in Brazil, especially after the promulgation of the Federal Constitution of 1988. Reflections resulting from shared anguish in other spaces of dialogue were added, accompanying the policies of Youth and Adult Education (EJA) and Vocational Education (VE) in Brazil, and which only intensified after the process. impeachment with the 2016 coup and the results of the 2018 elections. For the construction of this article we counted on the contribution of testimonials from EJA alumni, which express the meaning of the return to school and the challenges they experienced; We used the bibliographic research related to the EJA modality integrated to VE (Proeja) and its specific experiences in Goiás; We analyze official documents, such as laws, opinions, political-pedagogical projects and data provided by official bodies, such as Anísio Teixeira National Institute for Educational Studies and Research (Inep) and the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). The Gramscian theoretical framework provides the main support for the analysis of the text. The history of education reveals to us in many moments that the right to education is not effective, or materialized as an offer of precarious access to knowledge and certification. For the context in which we are living, it can be seen that the atrophy of the Proeja experience can also be understood by the fact that this program, which was intended to constitute politics, represents a threat, even if timidly and non-massively, to the training project for subordination, so necessary to the unequal and combined capitalist system.

Keywords: Youth and adult education. Schooling. Subalternity. Educational politicy.

CUANDO REDUCIR Y DESCALIFICAR SON CONDICIONES DE MANTENIMIENTO DE LA SUBALTERNIDAD

Resumen

Las reflexiones presentadas aquí comparten parte de la tesis defendida para el concurso de profesor titular de la UFG, titulado El derecho a la escolarización y el mantenimiento de la subalternidad, que tuvo como objeto de análisis la política de educación de jóvenes y adultos (EJA) implementada en Brasil, especialmente después de la promulgación de la Constitución Federal de 1988. Se agregaron reflexiones resultantes de la angustia compartida en otros espacios de diálogo, acompañando las políticas de Educación de Jóvenes y Adultos (EJA) y Formación Profesional (FP) en Brasil, y que solo se intensificaron después del proceso de juicio político con el Golpe de 2016 y los resultados electorales del 2018. Para la construcción de este artículo contamos con la contribución de testimonios de antiguos alumnos de EJA, que expresan la sensación de regreso a la escuela y los desafíos que experimentaron; Utilizamos la investigación bibliográfica relacionada con la modalidad EJA integrada a la FP (Proeja) y sus experiencias específicas en el estado de Goiás; Analizamos documentos oficiales, como leyes, normativas, proyectos político-pedagógicos y datos proporcionados por organismos oficiales, como el Instituto Nacional de Estudios e Investigación Educativa Anísio Teixeira (Inep) y el Instituto Brasileño de Geografía y Estadística (IBGE). El marco teórico gramsciano proporciona el soporte principal para el análisis del texto. La historia de la educación nos revela muchas veces que el derecho a la educación no se realiza o si materializa como una oferta de acceso precario al conocimiento y la certificación. Para el contexto en el que vivimos, se puede ver que la atrofia de la experiencia Proeja también se puede entender por el hecho de que este programa, que pretendía constituir política, representa una amenaza, aunque sea tímidamente y no masivamente, para el proyecto de capacitación para subordinación, tan necesaria para el sistema capitalista desigual y combinado.

Palabras clave: Educación de jóvenes y adultos. Escolaridad Subalternidad Política educativa.

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Biografia do Autor

Maria Margarida Machado, Universidade Federal de Goiás (UFG). Goiânia - GO

Universidade Federal de Goiás - Faculdade de Educação. Área: História da Educação.

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Publicado

2019-12-20

Como Citar

MACHADO, Maria Margarida.
QUANDO ATROFIAR E DESQUALIFICAR SÃO CONDIÇÕES PARA MANUTENÇÃO DA SUBALTERNIDADE
. Cadernos de Pesquisa, v. 26, n. 4, p. 156–168, 20 Dez 2019 Disponível em: https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/cadernosdepesquisa/article/view/13056. Acesso em: 22 dez 2024.

Edição

Seção

Artigos