ESPACIO, LUGAR Y APROPIACIÓN EN LAS NARRATIVAS COLONIALES
El caso de la feria de Kassanje, Angola (siglo XIX).
DOI:
https://doi.org/10.18764/2595-1033v6n14.2023.8Palabras clave:
Espacio, narrativas coloniales, Angola, KassanjeResumen
Las líneas que siguen son un intento de verificar la potencialidad de investigar la relación entre espacio y sociedad en la región de Kassanje, Angola, en el siglo XIX, buscando comprender el uso de los relatos coloniales para insertar subsidios espaciales más allá del escenario de los acontecimientos, sino como un elemento importante en la construcción de las narrativas coloniales. Para ello, llama la atención el relato elaborado por el Capitán y Director de la feria de Kassanje, Antonio Rodrigues Neves, y el breve informe de su superior, el Mayor Francisco de Salles Ferreira. Los testimonios traen elementos importantes para la inferencia, así como son parte de una producción colonial que está íntimamente ligada al contexto de conflictos abiertos entre portugueses y africanos en siglo XIX, guiados por ideales del liberalismo y las políticas de garantía de fuerzas paralizadas por las tensiones comerciales heredadas de la independencia de Brasil, el declive paulatino del comercio de esclavos y otros intentos de inserción comercial en Angola. Tal objetivo abre posibilidades de análisis, como las razones que llevaron a la historiografía a no interesarse por la espacialidad del Kassanje, ni por la interacción entre espacio y sociedad en el contexto colonial africano Del siglo XIX.
Descargas
Citas
ALEXANDRE, Valentim. Velho Brasil, novas Áfricas: Portugal e o Império (1808-1975). Porto: Afrontamento, 2000.
BHABHA, Homi. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.
BOA VIDA, Américo. Angola: cinco séculos de exploração portuguesa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1967.
BOURDIEU, Pierre. Espaço físico, espaço social e espaço físico apropriado. In: Estudos Avançados, n.27 (79), p.133-144, 2013.
BOURGUET, Marie-Noelle. O explorador. In: VOVELLE, M. O homem do iluminismo. Lisboa: Presença, 1997.
CAPELA, José. As burguesias portuguesas e a abolição do tráfico de escravatura, 1810-1842. Porto: Afrontamento, 1987.
CARPO, Arsénio Pompílio Pompeu de.; PERREIRA, Silvano F. L.; POSSOLLO, Eduardo Germack.; SCHUT, André van Randvyk. Projecto de uma companhia para o melhoramento do commercio, agricultura e industria na Província de Angola; que se deve estabelecer na cidade de S. Paulo d’Assumpção de Loanda. Lisboa: Typographia da Revolução de Stembro, 1848.
CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano. Arte de fazer. Petrópolis: Editora Vozes, 1998.
CURTO, José C. Vinho verso cachaça: a luta luso-brasileira pelo comércio do álcool e de escravos em Luanda, c.1648-1703. In: PANTOJA, Selma.; SARAIVA, José Flávio Sombra (orgs.). Angola e Brasil nas rotas do Atlântico Sul. Rio de Janeiro: Berthand Brasil, 1999.
DIAS, Jill. Mudanças nos padrões de poder no “hinterland” de Luanda: o impacto da colonização sobre os Mbundu (c.1845-1920). In: Penélope, Lisboa, nº 14, p. 43-91, 1994.
DIAS, Jill. Novas identidades africanas em Angola no contexto do comércio atlântico. In: BASTOS, Cristiana; ALMEIDA, Miguel Vale de; FELDMAN-BIANCO, Bela. Trânsitos coloniais: diálogos críticos luso-brasileiros. Campinas: Editora Unicamp, 2007, p.315-343.
ELTIS, David. Economic Growth and the Ending of the Transatlantic Slave Trade. Nova York: New York University Press, 1987.
FERREIRA, Eugénio. Feiras e presídios: esboço de interpretação materialista da colonização de Angola. Lisboa: Edições 70, 1979.
FERREIRA, Francisco de Salles. Sobre o sertão de Cassange, 1853. In: Annaes do Conselho Ultramarino – Tomo I (Fevereiro de 1854 a Dezembro de 1858). Lisboa: Imprensa Nacional, 1867, p.26-28
FERREIRA, R. Abolicionismo versus colonialismo: rupturas e continuidades em Angola (século XIX). In: GUEDES, Roberto (org.). África: brasileiros e portugueses – séculos XVI-XIX. Rio de Janeiro: Mauá, 2013, p. 95-112.
FERREIRA, R. Cross-Cultural Exchange in the Atlantic World: Angola and Brazil during the Era of the Slave Trade. New York: Cambridge Press, 2012.
FERREIRA, R. Dos Sertões ao Atlântico: tráfico ilegal de escravos e comércio lícito em Angola, 1830-1860. 289 f. Dissertação (Mestrado em História) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1996.
FERREIRA, R. Fazendas em troca de escravos: circuitos de créditos nos sertões de Angola, 1830-1860. In: Estudos Afro-Asiáticos, nº 32, p.7-53, dezembro, 1997.
FLORENTINO, Manolo.; FRAGOSO, João. O arcaísmo como projeto: mercado atlântico, sociedade agrária e elite mercantil em uma economia colonial tardia, Rio de Janeiro (c.1790-c.1840). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
FREUDENTHAL, Aida. Arimos e fazendas: a transição agrária em Angola. Luanda: Chá de Caxinde, 2005.
GRAÇA, Joaquim Rodrigues. Viagem feita de Loanda com destino as cabeceiras do rio Sena, ou aonde for mais conveniente pelo interior do continente de que as tribos são senhores. In: Annaes do Conselho Ultramarino – Tomo I (Fevereiro de 1854 a Dezembro de 1858). Lisboa: Imprensa Nacional, 1867.
GREGORY, Derek. Geographical Imaginations. Malden: Wiley-Blackwell, 1994.
HEINTZE, Beatrix. Pioneiros africanos: caravanas de carregadores na África Centro-Ocidental (entre 1850 e 1890). Lisboa: Editorial Caminho, 2004.
HENRIQUES, Isabel Castro. Percursos da modernidade em Angola: dinâmicas comerciais e transformações sociais no século XIX. Lisboa: Instituto de Investigação Científica Tropical, 1997.
LIMA, Augusto G. M. Fonctions sociologiques des figurines de culte hamba dans la société et dans La culture tshokwé (Angola). Luanda: Instituto de Investigação Científica de Angola, 1971.
LOPEZ LEVI, Liliana. Imaginación geográfica y apropriación territorial: exploración, divulgación científica y narración literária em El siglo XIX. In: Imagonautas, n.12, p.1-12, 2018.
LOVEJOY, Paul. A escravidão na África: uma história de suas transformações. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
MACEDO, José Rivair. Jaga, canibalismo e “guerra preta”: os Mbangalas, entre o mito europeu e as realidades sociais da África Central do século XVII. In: Revista de História, 32, n.1, p.53-78, 2013.
MALACCO, Felipe Silveira de Oliveira; GONÇALVES, Ivan Sicca. Entre Senegâmbia e Angola: comércio atlântico, protagonismo africanas e dinâmicas regionais (séculos XVII e XIX). In: Afro-Ásia, nº 62, p.46-97, 2020.
MARQUES, João Pedro. Arsénio Pompílio Pompeu de Carpo: um percurso negreiro no século XIX. In: Análise Social, vol. XXXVI (160), 2001.
MARQUES, João Pedro. Os sons do silêncio: o Portugal de oitocentos e a abolição do tráfico de escravos. Lisboa: ICS, 1999.
MARQUES, Rui. O império e a Câmara dos deputados: as marcas de um discurso (1852-1890). 724 f. Tese (Doutorado em História) – Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Porto, 2013.
MEILLASSOUX, Claude. Antropologia da escravidão: o ventre de ferro e dinheiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995.
MILLER, Joseph C. The Imbangala and the chronology of Early Central African History. In: The Journal of African History, vol., 13, nº 4, p. 549-574, 1972.
MILLER, Joseph. C. Way of Death: merchant, capitalism and the Angola slave trade. Madson: University of Wisconsin Press, 1988.
NEVES, Antonio Rodrigues. Memória da expedição a Cassange, comandada pelo Major Graduado Francisco Salles Ferreira em 1850, África Occidental. Lisboa: Imprensa Silviana, 1854.
OSÓRIO, Artur. As revoltas de Cassanje. In: Proelium, VII, n.11, p.35-56, 2016.
PÉLISSIER, René. História das campanhas de Angola. Vol. 1, 3º Ed. Lisboa: Editorial Estampa, 2013.
PRATT, Mary Louise. Os olhos do Império: relatos de viagem e transculturação. Bauru: EDUSC, 1999.
SANTOS, Eduardo. A questão da Lunda (1885-1894). Lisboa: Agência Geral do Ultramar, 1966.
SILVA, Cristina Nogueira da. Constitucionalismo e Império: a cidadania no ultramar português. 563 f. Tese (Doutorado em Direito) – Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2005.
SWEET, James H. Recreating África: culture, kinship and religion in the African-portuguesa Wolrd, 1441-1770. Chapel Hill: University of North Carolina Press, 2003.
TORRES, Adelino. O império português entre o real e o imaginário. Lisboa: Escher, 1991.
VANSINA, Jan. Ambaca society and the slave trade, c.1760-1845. In: Journal of African History, nº 46, p. 1-27, 2005.
VILAS BÔAS, Felipe. Comércio, política e sociedade em Angola: negociação e conflito em narrativas coloniais. Curitiba: Editora Appris, 2021.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Direitos autorais Kwanissa: Revista de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
