EPISTEMOLOGIA FEMINISTA

Repensando a ciência a partir das margens

Autores

  • Dryelle Souza Arouche Universidade Federal do Maranhão
  • Letícia Silva Lima Universidade Federal do Maranhão
  • Iran de Maria Leitão Nunes Universidade Federal do Maranhão

DOI:

https://doi.org/10.18764/2595-1033v5n13.2022.35

Palavras-chave:

Ciência, Conhecimento, Epistemologia Feminista, Mulheres

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar outra referência cientifica que tornou visível aquelas que outrora se encontravam nas margens na produção do conhecimento - as mulheres, fazendo considerações sobre a ciência tradicionalmente válida e a criação da epistemologia feminista e suas perspectivas (teoria feminista do ponto de vista, teoria feminista empiricista, o pós-modernismo feminista. Tradicionalmente a ciência é um campo legitimado a partir de vozes masculinas, tendo sido reafirmada por discursos de objetividade, neutralidade e imparcialidade cientificas. A partir das críticas, a epistemologia feminista é concebida para mudar o curso da história, validando o conhecimento e a produção “para” e “por” mulheres. A pesquisa teve como suporte alguns autores/as como Joan Scott (1995), Chalmers (1993), Longino (2012), Anderson (2015) e Gebara (2008).

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Biografia do Autor

Iran de Maria Leitão Nunes, Universidade Federal do Maranhão

Professora adjunta do Departamento de Educação II, Centro de Ciências Sociais, da Universidade Federal do Maranhão.

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Publicado

2022-12-20

Como Citar

Arouche, D. S., Lima, L. S., & Nunes, I. de M. L. (2022). EPISTEMOLOGIA FEMINISTA: Repensando a ciência a partir das margens . Kwanissa: Revista De Estudos Africanos E Afro-Brasileiros, 5(13), 224–237. https://doi.org/10.18764/2595-1033v5n13.2022.35