Língua, território e resistência: Justiça climática e direitos culturais na Amazônia entre comunidades indígenas e urbanas

Autores

Palavras-chave:

Direitos linguísticos; Justiça climática; Racismo ambiental; Resistência cultural.

Resumo

Este artigo objetiva uma reflexão teórica sobre justiça climática, racismo ambiental e direitos linguísticos e culturais na Amazônia. O trabalho analisa a vulnerabilidade e a resiliência de comunidades indígenas no Oiapoque e populações urbanas periféricas em Macapá, destacando como as desigualdades socioambientais e culturais impactam ambos os grupos. A pesquisa expõe que a preservação da língua, o cuidado com o território e o direito à consulta são pilares da justiça cultural e ambiental, e que as comunidades desenvolvem estratégias de resistência baseadas em sua cultura e conhecimentos ancestrais frente à exploração e a omissão do Estado.

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Biografia do Autor

Lenise Felicio Batista, Universidade Federal do Amapá - UNIFAP

Mestranda em Estudos de Cultura e Política pela Universidade Federal do Amapá, UNIFAP

Sávio Wendell Barbosa de Almeida, Universidade Federal do Amapá - UNIFAP

Mestrando em Estudos de Cultura e Política pela Universidade Federal do Amapá, UNIFAP

David Junior de Souza Silva, Universidade Federal de Goiás, UFG

Doutor em Geografia pela Universidade Federal de Goiás, UFG

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Publicado

2025-12-08

Como Citar

Felicio Batista, L., Barbosa de Almeida, S. W., & de Souza Silva, D. J. (2025). Língua, território e resistência: Justiça climática e direitos culturais na Amazônia entre comunidades indígenas e urbanas. Revista Interdisciplinar Em Cultura E Sociedade, 287–300. Recuperado de https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/ricultsociedade/article/view/27505

Edição

Seção

Dossiê Pesq. interdis. sobre Práticas Cult.: artes, linguagens e subjetividades