A pesquisa social empírica como recurso científico no Estado Democrático de Direito

Autores

  • Hilbert Melo Soares Pinto Universidade Federal de Sergipe
  • Tanise Zago Thomasi Universidade Federal de Sergipe

Resumo

O presente artigo visa demonstrar como a pesquisa social empírica, enquanto técnica que aproxima o pesquisador da realidade social investigada, pode servir como recurso científico no Estado Constitucional de Direito. Demonstram-se os paradigmas para a compreensão da pesquisa jurídica na atualidade. Depois, traça-se um diálogo entre a pesquisa teórica e a empírica, ressaltando suas características e importância. Finalmente, examina-se de que modo a técnica empírica pode contribuir com os anseios democrático-constitucionais. Trata-se de uma pesquisa qualitativa explicativa, desenvolvida através do método dialético, a partir de bibliografias e artigos científicos. Ao final, o estudo conclui que a pesquisa empírica, apesar das complexidades, afirma a dignidade humana e melhor expõe o fenômeno social, pelo que deve estar à disposição da academia, ao lado da pesquisa teórico-bibliográfica.

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Biografia do Autor

Hilbert Melo Soares Pinto, Universidade Federal de Sergipe

Mestrando pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Sergipe.

Tanise Zago Thomasi, Universidade Federal de Sergipe

Professora adjunta na Universidade Federal de Sergipe e Universidade Tiradentes. Doutora em Direito pelo Centro Universitário de Brasília. Mestra em Direito pela Universidade de Caxias do Sul. Graduada em Direito pela Universidade Católica de Pelotas.

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Publicado

2021-08-28

Como Citar

Pinto, H. M. S., & Thomasi, T. Z. (2021). A pesquisa social empírica como recurso científico no Estado Democrático de Direito. Revista Húmus, 11(33). Recuperado de https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/16430

Edição

Seção

Perspectivas do Direito, Educação e Literatura