L'AFRIQUE ET LA TRADITION ORALE:
Contributions théoriques et méthodologiques à l'enseignement de l'histoire et de la culture africaines et afro-brésiliennes dans l'éducation de base
DOI :
https://doi.org/10.18764/2595-1033v6n14.2023.3Mots-clés :
Tradition orale, Enseignement de l'histoire et de la culture africaines et afro-brésiliennes, Éducation de baseRésumé
Dans cet article, nous analysons les contributions théoriques et méthodologiques de la tradition orale africaine à l'enseignement de l'histoire et de la culture africaines et afro-brésiliennes dans l'éducation de base. Nous présentons des conceptions sur la tradition orale d'origine africaine ; nous discutons de la finalité politique et pédagogique des mythes pour les sociétés africaines anciennes et de leur lien avec nos exigences théoriques et méthodologiques pour l'enseignement de l'histoire et de la culture africaines et afro-brésiliennes dans l'éducation de base. Il s'agit d'une recherche qualitative utilisant des procédures de recherche bibliographiques basées sur des études sur la tradition orale, utilisant comme sources principales Amadou Hampatê Bâ (2003 ; 2010), Joseph Ki-Zerbo (2010), Nwankwo Martins (2012), en plus des sources liées à la l'enseignement des africanités au Brésil, comme Petronilha Silva, Nilma Gomes et Kabenguele Munanga. Nous croyons que l'enseignement de l'histoire et de la culture africaines a à voir avec la recherche de l'ascendance réduite au silence par le racisme, tout comme nous comprenons qu'enseigner l'histoire et la culture afro-brésiliennes, c'est valoriser l'héritage ancestral tout en maintenant une résistance ferme et la recherche de l'émancipation humaine.
Téléchargements
Références
BÂ, Amadou Hampaté. A tradição viva. In:KI-ZERBO, Joseph (Org.).História Geral da África I. Metodologia e pré-história da África. São Paulo/SP: Ática/UNESCO, 2010. pp.181-218.
BÂ, Amadou Hampaté. Ankoullel. O menino fula. trad. Xina Smith de Vasconcellos. São Paulo/SP: Casa das Áfricas; Palas Athena, 2003.
BOSI, Ecléa. Memória e Sociedade: lembranças de velhos. São Paulo: Tao, 1979
BRASIL. Diretrizes curriculares nacionais para a Educação das Relações étnico-raciais e para o ensino de História e cultura afro-brasileira e africana. Conselho Nacional de Educação/Conselho Pleno: Brasília/DF. 2004
BRASIL. Lei nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Brasília/DF: Presidência da República. 2003.
CANDAU, Vera Maria. (Org.). Reinventar a escola. 4ª ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2000
DUARTE, Newton. A individualidade para - si: contribuição a uma teoria histórico-social da formação do indivíduo. Coleção educação contemporânea. Campinas/SP: Autores Associados, 1993
EVARISTO, Conceição. Gênero e etnia: uma escre(vivência) de dupla face. IN: SCHNEIDER, Liane; MOREIRA, Nadilza Martins de Barros (orgs.). Mulheres no Mundo: etnia, marginalidade e diáspora. 2ª ed. João Pessoa: Editora CCTA, 2020.
FERREIRA, Marieta de Moraes; FERNANDES, Tania Maria; ALBERTI, Verena. (orgs.). História Oral: desafios para o século XXI. Rio de Janeiro/RJ: Fundação Getúlio Vargas, 2000
GOMES, Nilma Lino. Relações étnico-raciais, educação e descolonização dos currículos.Currículo sem Fronteiras, v.12, n.1, pp. 98-109, jan/abr 2012a.
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. Trad. Beatriz Sidou, São Paulo/SP: Centauro, 2003
KAPCHAN, Deborah. The Festive Sacred and the Fetish of Trance, Gradhiva, 2008.
KI-ZERBO, Joseph (Org.). História Geral da África I. Metodologia e pré-história da África. São Paulo/SP: Ática/UNESCO, 2010.
LEITE, Ana Amélia. Oralidades e escritas na literatura africana. 2ª ed. Edições Colibri: Lisboa/PT, 2014.
LIMA, Heloísa Pires; HERNANDEZ, Leila Leite. Toques do griô. Ilustrações de Ka-neakiTada. São Paulo/SP: Melhoramentos, 2010.
MARTINS, Nwankwo Uchenna. The Position of Oral Tradition (Myths, Mythology and Legends) in Historical Records. 2012 International Conference on Humanity, History and Society. Singapura: LACSIT Press, IPEDR vol.34, 2012.
MEIHI, João Carlos Sebe Bom. Manual de história oral. 4ª ed. Rio de Janeiro: Edições Loyola, 2002.
MUNANGA, Kabengele (org.). Superando o racismo na escola. 2ª ed. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.
NOGUEIRA, Renato. Antes de saber para onde vai, é preciso saber quem você é”1: tecnologia griot, filosofia e educação. Problemata: R. Intern. Fil. V. 10. n. 2 (2019).
SANTOS, Toni Edson Costa. Negros pingos nos “is”: djeli na África ocidental; griô como transcriação; e oralidade como um possível pilar da cena negra. Urdimento. Florianópolis/SC, v.1, n.24, p157-173, jul 2015b.
SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves. Aprender, ensinar e relações étnico-raciais no Brasil. Revista Educação. Porto Alegre/RS,ano XXX, n. 3 (63),p 489-506,set./dez, 2007.
VANSINA, Jan. A tradição oral e sua metodologia. In: KI-ZERBO, Joseph (Org.). História Geral da África I. Metodologia e pré-história da África. São Paulo, Ed. Ática/UNESCO, 2010.
Téléchargements
Publié-e
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale 4.0 International.
Direitos autorais Kwanissa: Revista de Estudos Africanos e Afro-BrasileirosEste obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.