UNRAVELING THE COMPLEXITY

exploring the dynamics and implications of hedge funds in the financial landscape

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18764/2595-9549v6n10.2023.1

Palavras-chave:

Hedge fund, Sociologia das Finanças, História das finanças brasileira

Resumo

O objetivo deste artigo é fornecer uma contextualização histórica do surgimento e institucionalização de uma estrutura de investimento financeiro chamada hedge funds. Incipiente, mesmo no debate da sociologia internacional das finanças, esse objeto é, em termos práticos, a representação e consolidação do que é considerado uma das vanguardas do investimento e risco. O artigo é composto por duas seções. A primeira seção apresenta o contexto e o surgimento dos hedge funds nos Estados Unidos e como eles foram adaptados ao contexto brasileiro. A segunda seção, com base na análise de dispositivos normativos, apresenta as dimensões distintivas em relação aos fundos de investimento tradicionais. Por meio de pesquisa documental, especialmente manuais, regulamentos e legislação dos Estados Unidos e do Brasil relacionados aos hedge funds, bem como fontes de mídia especializadas (Valor, The Economist, Time) e entrevistas aprofundadas com operadores de mercado no Brasil, as dimensões únicas dos hedge funds foram traçadas, mapeadas e avaliadas. Essas dimensões incluem liberdade, transparência, objetividade e baixa tolerância a perdas. O artigo contribui para a compreensão da dinâmica operacional dos hedge funds, suas dimensões-chave e ajuda a disseminar um ethos distinto dentro do espaço financeiro brasileiro.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Carolina Bichoffe, Unesp - Franca

Graduada em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos. Mestre e Doutora em Ciência Política pela UFSCar. Pesquisadora sênior associada ao Núcleo de Estudos em Sociologia Econômica e das Finanças (NESEFI – UFSCar); pesquisadora vinculada ao RESOA - Rede de Estudos Socioeconômicos e Organizacionais da Amazônia.

Referências

AALI-BUJARI, A.; VENEGAS-MARTÍNEZ, F.; PÉREZ-LECHUGA, G. Impact of derivatives markets on economic growth in some of the major world economies: A difference-GMM panel data estimation (2002-2014). AESTIMATIO, THE IEB INTERNATIONAL JOURNAL OF FINANCE, 2016. 12: 110-127, 2016.

AMARAL, C. A. L. V. Derivativos: o que são e a evolução quanto ao aspecto contábil. Rev. contab. finanç., São Paulo , v. 14, n. 32, p. 71-80, Aug. 2003 .

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS ENTIDADES DOS MERCADOS FINANCEIRO E DE CAPITAIS. Consolidado Diário de Fundos de Investimento. Disponível em: https://www.anbima.com.br/pt_br/informar/estatisticas/fundos-de-investimento/fi-consolidado-diario.htm

BICHOFFE, Ana C. Risco & Controle: Considerações sobre dispositivos de avaliação de risco de crédito e suas implicações na normalização de Estados Soberanos e regulação de mercados financeiros. Revista Tomo, Dossiê Desconstruindo os dispositivos dos mercados – aportes da Sociologia Econômica. N.30 JAN/JUN.2017.

_____________. Gerenciando riscos, discrição e lucros extraordinários: uma análise dos agentes dos operadores e gestores de hedge funds. Revista RePocs, v.20, n.02,2023 (PRELO)

BICHOFFE, Ana Carolina; DIÓGENES, Mateus Baeta. Demarche dos dispositivos: apontamentos sobre ordens, convergências e situações no campo econômico-financeiro. Política& Sociedade - Florianópolis - Vol. 18 - Nº 43 - Set./Dez. de 2019.

Bookstabber R. , A Demon of Our Own Design: Markets, Hedge Funds, and the Perils of Financial Innovation, 2007Hoboken, New JerseyJohn Wiley & Sons

CALLON, Michel. Introduction: the embeddedness of economic markets in economics. Sociol. Rev. 46:1–57, 1998.

CARRUTHERS, B. G. What’s Haute in the Sociology of Finance? Contemporary Sociology.41(6):739-747, 2012.

CAVENAGHI, F. Reabrindo a caixa de pandora: estudo de caso da atuação do BNDES e suas subsidiárias do ponto de vista do gerenciamento e operacionalização do risco. 2014. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. UFSCar, São Carlos.

_________. Intermediando o risco: novos formatos institucionais na difusão das ferramentas da indústria de capital de risco nos bancos públicos do Brasil. 2018. 225f. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. UFSCar, São Carlos.

CETINA, K. K.; PREDA, A (orgs). The Oxford Handbook of the Sociology of Finance. United Kingdom: Oxford University Press, 2012.

COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Instrução CVM nº 555, de 17 de dezembro de 2014. Disponível em: https://conteudo.cvm.gov.br/legislacao/instrucoes/inst555.html

GERMANOS, R. P. Hedge funds: análise jurídica no direito Brasileiro e comparado. Dissertação (Mestrado em Direito) – Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo. São Paulo, p.155.2009.

GIAMBIAGI, F.; GARCIA, M. Risco e regulação, Elsevier, 2010.

GOEDE, M. Repoliticizing financial risk, Economy and Society, 33:2, 197-217, 2004.

GRÜN, R. Atores e ações na construção da governança corporativa brasileira. RBCS Vol. 18 nº. 52 junho/2003.

________. "A evolução recente do espaço financeiro no Brasil e alguns reflexos na cena política." Dados - Revista de Ciências Sociais 47: 5-47, 2004a.

________. "A sociologia das finanças e a nova geografia do poder no Brasil." Tempo Social 16: 151-176, 2004b.

________. Decifra-me ou te devoro! As finanças e a sociedade brasileira. Mana, Rio de Janeiro, v.13 n.2, out. 2007. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 93132007000200004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 23 fev. 2008.

________. A dominação financeira no Brasil contemporâneo. Tempo soc., São Paulo , v. 25, n. 1, jun. 2013.

HARDIE, I; MACKENZIE, D. Assembling an economic actor: the agencement of a Hedge Fund. The Sociological Review, 55:1, 2007.

LIMA, I. S.; LOPES, A. B. Análise Comparativa dos Procedimentos Contábeis Aplicados a Operações Financeiras com Derivativos: Um Estudo Brasil x Estados Unidos. Resenha BM&F, nº121, 1998.

________. Contabilidade e Controle de Operações com Derivativos. São Paulo: Pioneira, 1999.

LUSCOMBE, B. How Hedge Funds' Lack of Diversity Affects All of Us. Time. New York, janeiro, 2022. Disponível em: https://time.com/6132594/hedged-out-book-hedge-fund-inequalit/

MENDONÇA, H. F.; VIVIAN, V. S. Public-debt management: the Brazilian experience. Cepal Review, N. 94, Abril 2008.

LANDAU, Peter. The hedge funds: Wall Street’s new way to make money. New York

Magazine, New York, v. 1, n. 29, p. 20-24, 1968.

LOWENSTEIN, R. When Genius Failed: the Rise and fall of Long-Term Capital Management. Random House, 2000

MALLABY, Sebastian. More money than God: hedge funds and the making of a new elite. London: The Penguin Press, 2010.

MÜLLER, Lúcia Helena Alves. Mercado exemplar: um estudo antropológico sobre a Bolsa de Valores. Porto Alegre, RS: Zouk, 2006.

MURRAY, Georgina; SCOTT, John. Financial Elites and Transnational Business: Who Rules the World? Northampton: Edward Elgar Publishing, Inc., 2012.

NEELY, Megan Tobias. Hedged out: inequality and insecurity on Wall Street. Oakland, California: University of California Press, 2022.

OLEGARIO, R. A Culture of Credit: Embedding Trust and Transparency in American Business (Harvard Studies in Business History). Harvard University Press, 2006.

PINEDA, A. G. L. Mitos bursátiles y burbujas financieras: “Confusión de confusiones”y más. BME Servicio de Estudios, 2012.

POON, M. Rating agencies. The Oxford Handbook of the Sociology of Finance. United Kingdom: Oxford University Press, 2012.

RIACH, K., & CUTCHER, L. Built to last: ageing, class and the masculine body in a UK hedge fund. Work, Employment and Society, 28(5), 771–787, 2014.

SASSEN, S. Global finance and its institutional spaces. The Oxford Handbook of the Sociology of Finance. United Kingdom: Oxford University Press, 2012.

SECURITIES AND EXCHANGE COMMISSION (SEC). Selective Disclosure and Insider Trading. 17 CFR Parts 240, 243, and 249, Release Nos. 33-7881, 34-43154, IC-24599, File No. S7-31-99, RIN 3235-AH82. Disponível em: http://www.sec.gov/rules/final/33-7881.htm. Acesso em 20 jan. 2015.

SMITH, A. Breaking the Bank. The New York Times, 08 out. 1995. Disponível em:

https://www.nytimes.com/1995/10/08/books/breaking-the-bank.html. Acesso em 12 ago 2020.

SWAN, E. Building the Global Market, a 4000-Year History of Derivatives. Kluwer Law

International, 2000.

________. Pragmatic regimes governing the engagement with the world. In: KNORR-CETINA, K, SCHATZKI, T; VON SAVIGNY, E (eds). The Practice Turn in Contemporary Theory. London: Routledge, 2001.

________. Rules and implements: investment in forms. Social Science Information 23(1): 1–45, 1984.

WOLFF, J. Debtors’ Island: How Puerto Rico Became a Hedge Fund Playground. New Labor Forum, Vol. 25(2) 48–55, 2016.

YADAV, I. S., & MISHRA, R. K. The Global Hedge Fund Industry: Structure, Strategies and Growth. Global Business Review, 18(4), 955–973, 2017.

Downloads

Publicado

2023-10-19

Como Citar

BICHOFFE, Ana Carolina.
UNRAVELING THE COMPLEXITY: exploring the dynamics and implications of hedge funds in the financial landscape
. Infinitum: Revista Multidisciplinar , v. 6, n. 10, p. 3–23, 19 Out 2023Tradução . . Disponível em: . Acesso em: 8 mai 2024.

Edição

Seção

Artigos