A LINGUAGEM QUE PERMEIA A NOSSA VÃ LITERATURA: ALGUNS PROBLEMAS SOBRE A REPRESENTAÇÃO DO OUTRO EM OUTRA TEMPESTAD
Abstract
RESUMO: O conjunto das obras canônicas da Literatura Universal se apresenta como um vasto campo para pensar a cultura da representação dos sujeitos e de suas relações sociais. Os traços de verossimilhança e de realidade que se sobressaem em determinadas obras e dão margem a infindáveis discussões e postulações críticas. Nesse trabalho, analisamos como os mecanismos da linguagem são utilizados para desconstruir o discurso da construção da identidade latino-americana, difundido no hegemônico cânone eurocêntrico. Para cumprir essa tarefa, desenvolvemos uma comparação entre duas peças: A Tempestade (1611), de William Shakespeare e Otra Tempestad, de Flora Lauten (1997) a fim de tratar a questões acerca da representação de Calibán. Nos limitamos em analisar as peças como memória institucionalizada das sociedades e enquanto artefatos culturais e comunicacionais que permitem pensar a configuração do sujeito colonizado. Observamos que as cenas e as figurações das personagens são procedimentos ideológicos, orientados por grupos distintos.
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