A TRADIÇÃO ELEGÍACA EM A ESTRELA FRIA: A EXISTÊNCIA COMO EXÍLIO E A FRAGILIDADE DA VIDA PELO RECORTE DA CENA FÚNEBRE

Auteurs-es

  • Fabrícia Rocha
  • Wagner Enedino

Résumé

Este estudo reflete a presença da tradição elegíaca no livro de poesias A estrela fria (2010), de José Almino. Diversas composições da coletânea dialogam com esse tipo de tradição poética. Por uma questão de delimitação, analisou-se Epifania, texto que exibe a ideia de um “eu” exilado da própria existência. Conforme levantamento feito neste trabalho, o tema do exílio, além da noção do ser deslocado geograficamente, conforme apresenta Almino, apareceu antes nas elegias clássicas camonianas. Também foi lida Momento no cemitério, composição que retoma um assunto elegíaco presente desde a antiguidade clássica: a cena fúnebre. A abordagem poética do momento da morte parece projetar a fragilidade da vida, assunto também presente em outros escritores de elegias modernas, como, por exemplo, Manuel Bandeira. Como resultado das reflexões, percebeu-se a origem antiga do tom triste e melancólico dos textos de A estrela fria, assim como um hábil reprocessamento de fontes clássicas e modernas. 

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Publié-e

2017-12-18

Comment citer

ROCHA, Fabrícia; ENEDINO, Wagner.
A TRADIÇÃO ELEGÍACA EM A ESTRELA FRIA: A EXISTÊNCIA COMO EXÍLIO E A FRAGILIDADE DA VIDA PELO RECORTE DA CENA FÚNEBRE
. Littera: Revista de Estudos Linguísticos e Literários, v. 8, n. 13, 18 déc. 2017 Disponível em: http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/littera/article/view/8027. Acesso em: 24 nov. 2024.

Numéro

Rubrique

Seção temática: tradições literárias