REPRESENTAÇÕES FEMININAS EM BIA, BEL E BETA: DIÁLOGO ENTRE LITERATURA E HISTÓRIA
Resumen
Resumo: A mulher, que em muitos contextos revela-se independente, gestora de sua própria história e altruísta, está umbilicalmente marcada por uma trajetória de renúncia e submissão ao longo do tempo. A obra infanto-juvenil Bisa Bia, Bisa Bel, de Ana Maria Machado, publicada inicialmente em 1982, traz para o nicho literário um protagonismo feminino que se atrela, mesmo de forma ficcional e dentro do universo infantil, às mudanças pelas quais a figura feminina passou na sociedade; podendo, com isso, ser interpretada pelo viés histórico ao propor representações sociais para esse gênero. Partindo desse princípio, propõe-se uma leitura analítica da obra em questão com o intuito de identificar, através das práticas das personagens femininas, as representações propostas pela autora; revelando uma oportunidade para produzir significado para o texto literário a partir da compreensão histórica. Para isso, tomamos como pressuposto teórico as contribuições da História Cultural, principalmente os trabalhos do historiador Francês Roger Chartier.
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