MEMÓRIA E FICÇÃO HISTÓRICA EM TRANSPLANTE DE MENINA, DE TATIANA BELINKY
Abstract
Este trabalho apresenta uma reflexão sobre a narrativa de memória e a ficção histórica na obra autobiográfica Transplante de Menina (2003), de Tatiana Belinky. Coloca-se em discussão se esta autobiografia pode ser considerada ficção histórica, já que traz questões sociohistóricas, particularmente no que diz respeito aos imigrantes da década de 1930 na cidade de São Paulo. A partir da subjetividade da narradora-personagem, é possível perceber a visão que o imigrante faz do espaço social no qual necessita inserir-se e os traumas advindos desse “transplante” ao qual é submetido. Outra questão a ser analisada é o caráter ficcional do discurso de verdade que a autora-narradora pressupõe à narrativa ao representar os eventos passados, pois as autobiografias têm muito de ficcional devido à impulsão criadora e imaginativa de seus autores.
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