POVOS TRADICIONAIS E INDÍGENAS NO MARANHÃO: violência, fronteiras territoriais e margens da normatização

Autores

  • Viviane Vazzi Pedro
  • Rosimeire de Jesus Diniz Santos

DOI:

https://doi.org/10.18764/2178-2865.v22nEp1387-1406

Palavras-chave:

Conflito socioambiental, normas, margens, governo privado indireto, necropolítica

Resumo

O trabalho sintetiza aspectos de dois confl itos socioambientais emblemáticos no Maranhão e seus respectivos processos de resistência e confronto político: os casos do povo indígena Ka´apor e das famílias da Comunidade Cajueiro. Ambos os povos são abalados por projetos desenvolvimentistas e por uma tecnologia de poderes violentos. O objetivo do trabalho é levantar e analisar alguns dispositivos de poder empregados nesses casos, a fim de compreender como estes
repercutem na desconsideração dos direitos e na expropriação dos territórios. A hipótese é de que estamos vivenciando um sistema de exploração colonial e colonialista e o exercício de um necropoder contra povos indígenas e tradicionais. O exercício de poderes por agentes em rede e em diversas instâncias caracteriza um governo privado indireto de práticas administrativas coloniais nos territórios. Isso retroalimenta formas de normatização e de governabilidade marcadas pela fluidez e entrelaçamento, de um lado, da violência e do Direito e, de outro, da exceção e soberania.

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Publicado

2018-09-27

Como Citar

VAZZI PEDRO, Viviane; SANTOS, Rosimeire de Jesus Diniz.
POVOS TRADICIONAIS E INDÍGENAS NO MARANHÃO: violência, fronteiras territoriais e margens da normatização
. Revista de Políticas Públicas, v. 22, p. 1387–1406, 27 Set 2018 Disponível em: https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rppublica/article/view/9871. Acesso em: 28 dez 2024.