A LÓGICA IMUNOLÓGICA SEGUNDO BYUNG-CHUL-HAN

Autores

  • Eduardo Weisz UFRJ
  • Wellington Lima Amorim UFRGS

Resumo

O presente artigo tem por objetivo debater a ideia da possibilidade de existência de um processo de “negação do inimigo” que se faz presente constantemente em qualquer sociedade. Este conceito, a que Han denomina paradigma imunológico consiste em tentar refrear a influência do inimigo em todos os aspectos da vida em determinada sociedade. Um conceito que pode ser ampliado pela percepção sarteana de que a afirmação de identidades coletivas através da negação da alteridade significa que o paradigma imunológico parece se fazer presente em qualquer sociedade mesmo não havendo inimigo externo a ser negado, pela religião civil de Bellah que coloca a questão de que o estabelecimento de um “ser” identitario coletivo estabelece, também, seu não ser em um processo de atração e repulsão que pode ser entendido como a “argamassa” usada na construção de qualquer sociedade, de forma que o paradigma imunológico parece se fazer presente na raiz do processo de formação e funcionento de sociedades em qualquer estágio de desenvolvimento e pela percepção de Bauman de que a globalização leva à precarização por enfraquecer o caráter identitario do qual decorre a sensação de pertencimento à determinada sociedade ou grupo social através da naturalização e tolerância quase absoluta com a diferença. Neste sentido, de uma perspectiva olsoniama, pode ser que uma versão incrementada do paradigma imunológico de Han se faça profundamente presente no mundo globalizado. 

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Biografia do Autor

Eduardo Weisz, UFRJ

Doutorando em filosofia no PPGF/UFRJ

Wellington Lima Amorim, UFRGS

Professor do Departamento de Filosofia

Referências

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Publicado

2020-08-24

Como Citar

Weisz, E., & Amorim, W. L. (2020). A LÓGICA IMUNOLÓGICA SEGUNDO BYUNG-CHUL-HAN. Revista Húmus, 10(29). Recuperado de https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/revistahumus/article/view/14581