NA TRAJETÓRIA DA INTERSECCIONALIDADE E GÊNERO: relações para a educação em ciências e saúde por intelectuais negras

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18764/2595-1033v5n12.2022.7

Palavras-chave:

interseccionalidade, gênero, intelectuais negras

Resumo

Nos estudos de Educação em Ciências e Saúde, percebemos vários temas que se relacionam ao Ensino de Ciências, fazendo com que estes se integrem principalmente às discussões sociais necessárias que podem ser utilizados como ferramentas de análise em pesquisas na área. Dentro de perspectivas integradoras para a Educação, pensar em relações e suas especificidades faz com que haja uma “lente de aumento”, para todas essas pesquisas da área, principalmente se pensarmos em possibilidades de contribuição. Pensando nestas ações articuladoras, o presente trabalho teve por objetivo realizar uma discussão trazendo determinadas questões acerca da trajetória da interseccionalidade e gênero, focando nas relações da educação com os campos de ciência e saúde, frente a urgência de debater suas correlações para compreensão de pesquisas com a temática. Ancorando-se principalmente em estudos de intelectuais negras, percebemos como essas autoras, analisam e nos ajudam a refletir sob o ponto de vista metodológico-teórico, sobre a perspectiva de trajetória da interseccionalidade e gênero. Para tanto, o que justifica e releva o presente estudo, incide precisamente no fato de se poder investigar e discutir acerca da probabilidade da construção de produção do conhecimento contrahegemônico na batalha contra o racismo intelectual institucional, bem como das desigualdades sociorraciais na área de educação em ciências humanas. Conclui-se que a temática étnico-racial vem localizando maior recinto na produção científica nacional, especialmente nas ciências humanas.                                

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gabriella da Silva Mendes, UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - UFRJ

Doutoranda em Educação em Ciências e Saúde pelo Instituto NUTES de Educação em Ciências e Saúde, pelo Programa de Pós-Graduação Educação em Ciências e Saúde (PPGECS) no Centro de Ciências e Saúde (CCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - (2020-2024). Possui Mestrado em Educação em Ciências e Saúde pelo Instituto NUTES de Educação em Ciências e Saúde, pelo Programa de Pós-Graduação Educação em Ciências e Saúde (PPGECS) no Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - (2018-2020). Possui Graduação pelo Instituto de História (IH-Bacharelado e Licenciatura - 2013-2017) da Universidade  Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Possui experiência com ênfase nas áreas: Educação; Produção de Conteúdo Educacional e Pedagógico; História; Documentação; Digitalização; Acervos; Ciências; Saúde; Divulgação Científica; Popularização da Ciência; História das Ciências; Educação Patrimonial e Museal; História Contemporânea; História Oral; Gestão de Projetos; Gênero; Diversidade e Inclusão.

Referências

AKOTIRENE, C. O que é interseccionalidade? Belo Horizonte: Letramento: Justificando, 2018.

CARDOSO, C. P. Amefricanizando o feminismo: o pensamento de Lélia Gonzalez. Rev. Estud. Fem.; vol. 22, nº 03, 2014.

COLLINS, P. H. Se perdeu na tradução? Feminismo negro, interseccionalidade e política emancipatória. Parágrafo, nº 01, 2017.

CRENSHAW, K. A Intersecionalidade na Discriminação de Raça e Gênero. Ação Educativa: 2012.

DAVIS, A. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.

EVARISTO. C. Insubmissas Lágrimas de Mulheres. Rio de Janeiro: Malê, 2016.

GONZALEZ, L. A categoria político-cultural de amefricanidade. In: Tempo Brasileiro. Rio de Janeiro, n°92/93, 1988.

GONZALEZ, L. Por um feminismo Afro-latino-Americano. Caderno de Formação Política do Círculo Palmarino, n°1. Batalha de Ideias, 2011.

GONZALEZ, L. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje. São Paulo, 1984.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Igualdade no trabalho: enfrentando os desafios. Suplemento Nacional – Brasil. OIT, 2018. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/>. Acessado em 05 de fevereiro de 2021.

JESUS, C. M de. Quarto de Despejo: diário de uma favelada. 8ª ed. 13ª impressão. São Paulo: Editora Ática, 2005.

LEAL, Maria do Carmo et al . A cor da dor: iniquidades raciais na atenção pré-natal e ao parto no Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 33, supl. 1, e00078816, 2017 .

MENDES, A. A. E.; MILANI, M. L. Inserção da Mulher Negra Brasileira no Mercado de Trabalho no Período de 1980 – 2010. Revista Latino-americana de Geografia e Gênero, v. 7, n. 2, p.178-194, 2016.

NASCIMENTO, M. B. Nossa democracia racial. Revista Isto É. 1977.

OLIVEIRA, L. A., & OLIVEIRA, E. L. A mulher no mercado de trabalho: Algumas reflexões. Revista Refaf Multidisciplinar, 8(1), 17-27, 2019. Recuperado de http://refaf.com.br/index.php/refaf/article/view/287/pdf

PEREIRA, B. C. J. Tramas e dramas de gênero e de cor: a violência doméstica contra mulheres negras. Brasília: Brado Negro, 2016.

PEREIRA, Melo Ariana; SILVA, Bruno Daniel. Relação do estereótipo racial e de gênero: A atuação da mulher negra no mercado de trabalho contábil. Disponível em: https://app.uff.br/riuff/bitstream/1/7434/1/Ariana%20Melo%20Pereira%20-

RIOS, RR & SILVA, R. Discriminação múltipla e discriminação interseccional: insumos da Lei do Feminismo Negro e Antidiscriminação. Rev Bras Ciência Política 16, 11–37, 2015.

SHALHOUB, S; PINTO, A. F. M. Pensadores negros − pensadoras negras: Brasil, séculos XIX e XX. Cruz das Almas: EDUFRB; Belo Horizonte: Fino Traço, 2016.

THEOPHILO, R. L.; RATTNER, D. ; PEREIRA, E. L. . Vulnerabilidade de mulheres negras na atenção ao pré-natal e ao parto no SUS: análise da pesquisa da Ouvidoria Ativa. Ciencia & Saude Coletiva, v. 23, p. 3505-3516, 2018.

VIGOYA, Mara Viveros. La sexualización de la raza y la racialización de la sexualidad en el contexto latinoamericano actual, Careaga, Gloria. Memorias del 1er. Encuentro Latinoamericano y del Caribe La sexualidad frente a la sociedad. México, D.F., 2008.

WERNECK, Jurema. Racismo institucional e saúde da população negra. Saúde e Sociedade [online]. 2016, v. 25, n. 3 [Acessado 19 Fevereiro 2021] , pp. 535-549.

Downloads

Publicado

2022-05-03

Como Citar

Mendes, G. da S. (2022). NA TRAJETÓRIA DA INTERSECCIONALIDADE E GÊNERO: relações para a educação em ciências e saúde por intelectuais negras. Kwanissa: Revista De Estudos Africanos E Afro-Brasileiros, 5(12). https://doi.org/10.18764/2595-1033v5n12.2022.7

Edição

Seção

Artigos