Contribuições de Zygmunt Bauman para a formação de uma Ética contemporânea

Autores/as

  • Marcelo Gonçalves UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

Palabras clave:

Contemporaneidade, Ética, Modernidade.

Resumen

RESUMO: A contemporaneidade é um período marcado pela busca constante por certeza, segurança e garantia; todavia, isso é impossível, gerando uma ansiedade subjetiva constante. Bauman (1925-2017) faz uma leitura do século XX, no sentido de que a modernidade é um período marcado pelo anseio intermitente por pureza. Esse discurso acabou por legitimar tragédias contemporâneas, como o holocausto, e contaminou discurso ético da modernidade. Assim, através do método-hipotético dedutivo partir-se-á da premissa de que a contemporaneidade demanda um princípio ético mais adequado à realidade, para então propor-se uma alternativa a esse cenário. A primeira seção será voltada a estabelecer uma leitura da contemporaneidade. A segunda tentará expor como Bauman propõe solucionar os problemas, e até onde é possível realmente apresentar uma cláusula resolutiva. A ideia central é, ao invés de construir uma ética baseada em regras, talvez tenha chegado o momento de focar-se numa ética de reconhecimento e libertação.

 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Marcelo Gonçalves, UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

Advogado, inscrito na OAB/RS sob nº 103.166. Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade de Passo Fundo, no ano de 2015. Especialista em Advocacia Criminal pela Universidade de Passo Fundo - ano de obtenção: 2017. Mestre em Direito pelo Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu da Universidade de Passo Fundo, linha de pesquisa "Relações Sociais e Dimensões do Poder" - ano de obtenção: 2020.

Citas

AQUINO, Sérgio Ricardo Fernandes de. Ética e moral no pensamento de Bauman. Cadernos de Zygmunt Bauman, v. 1, n. 2, p. 34-47. Jul/2011.

ARENDT, Hannah. Eichmann em Jerusalém. Traduzido por José Rubens Siqueira. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

BAUMAN, Zygmunt. Ética pós-moderna. Traduzido por João Rezende Costa. São Paulo: Paulus, 1997.

BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Traduzido por Mauro Gama, Cláudia Martinelli Gama; revisão técnica Luís Carlos Fridman. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

BAUMAN, Zygmunt. Em busca da política. Traduzido por Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Zahar, 2000.

BAUMAN, Zygmunt. Identidade: entrevista a Benedetto Vechi. Traduzido por Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.

BAUMAN, Zygmunt. Medo líquido. Traduzido por Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

BAUMAN, Zygmunt. MAY, Tim. Aprendendo a pensar com a sociologia. Traduzido por Alexandre Werneck. Rio de Janeiro: Zahar, 2010.

BAUMAN, Zygmunt. Vida em Fragmentos: Sobre a ética pós-moderna. Traduzido por Alexandre Werneck. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e Holocausto. Traduzido por Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e Ambivalência. Traduzido por Marcus Penchel. Rio de Janeiro: Zahar, 2012a.

BAUMAN, Zygmunt. Danos colaterais: desigualdades sociais numa era global. Traduzido por Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2012b.

BAUMAN, Zygmunt. Bauman sobre Bauman, diálogos com Keith Tester. Traduzido por Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2012c.

BAUMAN, Zygmunt. Legisladores e intérpretes: sobre modernidade, pós-modernidade e intelectuais. Traduzido por Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Zahar, 2012d.

BAUMAN, Zygmunt. A sociedade individualizada: vidas e histórias vividas. Traduzido por José Gradel. Rio de Janeiro: Zahar, 2012e.

BAUMAN, Zygmunt. Cegueira moral: a perda da sensibilidade na modernidade líquida. Leonidas Donskis. Traduzido por Carlos Alberto Medeiros. 1. Ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.

BAUMAN, Zygmunt. Babel: entre a incerteza e a esperança. Traduzido por Renato Aguiar. 1 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.

BAUMAN, Zygmunt. Estado de crise. Traduzido por Renato Aguiar. 1 ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2016a.

BAUMAN, Zygmunt. Estranhos à nossa porta. Traduzido por Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2017.

CASADEI, Eliza Bachega. A história estilhaçada: tradições e usos do passado no diálogo entre Zygmunt Bauman e Hannah Arendt. In. Cadernos de Zygmunt Bauman, v. 1, n. 1, p. 3-19. Jan/2011.

DYMETMAN, Annie. Modernidade, intolerância e resistência. In. Revista Brasileira de Ciências Criminais, vol. 45/2003, p. 269–282. Out – Dez/2003.

DELUMEAU, Jean. História do medo no ocidente 1300-1800: uma cidade sitiada. Traduzido por Maria Lucia Machado; As notas traduzidas por Heloísa Jahn. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

DUSSEL, Enrique. Ética da libertação na idade da globalização e da exclusão. Traduzido por Ephraim Ferreira Alvez, Jaime A. Clasem e, Lúcia M.E. Orth. Petrópolis/RS: Editora Vozes, 2000.

FERREIRA, Laura Senna. Sociologia crítica de Bauman e teoria da estruturação de Giddens: implicações para a compreensão da “modernidade líquida” e da “alta modernidade”. Caderno de Zygmunt Bauman, vol. 9, num. 18. 2019.

FREUD. Sigmund. Obras completas volume 18. O Mal-Estar na Civilização, novas conferência introdutória à psicanálise e outros texto (1930-1936). Traduzido por Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

SANTOS, Guilherme Ferreira. SILVA, Otávio Guimarães Tavares da. Conceito de “modernidade líquida”: revisão teórica e implicações para a prática de vida. In. Cadernos de Zygmunt Bauman, vo. 3, num. 5. 2012.

SILVA, Paulo Fernando da. Conceito de ética na contemporaneidade segundo Bauman [recurso eletrônico. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2013.

Publicado

2020-09-01

Cómo citar

Gonçalves, M. (2020). Contribuições de Zygmunt Bauman para a formação de uma Ética contemporânea. Cadernos Zygmunt Bauman, 10(23). Recuperado a partir de https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/bauman/article/view/14399