MAUS: A LEGITIMAÇÃO PÓS-MODERNA DA GRAPHIC NOVEL COMO ESPAÇO DE REMEMORAÇÃO E RESISTÊNCIA À BARBÁRIE.

Autores

  • Lóren Cristine Ferreira Cuadros Universidade Federal de Pelotas

Palavras-chave:

Graphic novel, Holocausto, Literatura Comparada, Maus, a história de um sobrevivente, Pós-modernismo.

Resumo

Depois de uma série de entrevistas intermitentes com o pai, Vladek Spiegelman, um judeu polonês que sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, o cartunista Art Spiegelman compilou sua magnum opus: a graphic novel mundialmente conhecida Maus: a história de um sobrevivente. O presente artigo pretende demonstrar como o pós-modernismo legitima a narrativa de Spiegelman como um espaço de rememoração e resistência ao “mal de arquivo”, conceito elaborado pelo filósofo francês Jacques Derrida. Esta pulsão de morte inerente ao arquivo deve ser combatida de modo a evitar que a barbárie seja banalizada, permitindo que crimes atrozes como os ocorridos em Auschwitz tornem a ocorrer. Além disso, também é abordada a questão da transcendência das fronteiras entre as estéticas literária e gráfica realizada pela obra. A discussão se faz relevante devido ao fato de que o questionamento de tais tipos de classificação é um dos principais traços da perspectiva pós-moderna. Por fim, aborda-se ainda o profundo impacto que a experiência traumática exerce sobre os descendentes dos sobreviventes do Holocausto.

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Publicado

2019-09-26

Como Citar

FERREIRA CUADROS, Lóren Cristine.
MAUS: A LEGITIMAÇÃO PÓS-MODERNA DA GRAPHIC NOVEL COMO ESPAÇO DE REMEMORAÇÃO E RESISTÊNCIA À BARBÁRIE.
Afluente: Revista de Letras e Linguística, v. 4, n. 12, p. 215–231, 26 Set 2019 Disponível em: https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/afluente/article/view/10779. Acesso em: 24 dez 2024.

Edição

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Seção Livre