RELAÇÕES ENTRE TECNOLOGIA, NATUREZA E SUBJETIVIDADE EM STALKER, DE ANDREI TARKOVSKI.

Resumen

RESUMO: Este trabalho objetiva analisar em Stalker de Andrei Tarkovski, relações entre tecnologia, natureza e subjetividade. Este filme resulta num complexo jogo de luz e sombras, que evidencia a própria essência da imagem cinematográfica. Tarkovski evidencia em Stalker a singularidade do olhar. Olhar, através de uma sofisticada técnica, para o que, aparentemente, é natural aponta para a idéia de que nosso próprio olho, assim como o olho do diretor, é uma “máquina” sofisticada. Partimos da hipótese de que esta obra nos dá a ver que o ato de olhar nunca é natural, porque mediado pela subjetividade. Nossa abordagem teórica será ancorada em Friedrich Nietzsche e Jacques Lacan.

PALAVRAS-CHAVE: Tecnologia; Subjetividade; Natureza; Desejo; Olhar.

Technology, Nature and Subjectivity Relationships in Andrei Tarkovski’s Stalker ABSTRACT: The present work aims at analyzing the technology, nature and subjectivity relationships in Andrei Tarkovski’s Stalker. This movie brings forth a complex game of light and shadows that reveals the movie industry’s core essence. In Stalker, Tarkovski highlights the singularity of the look. By means of a sophisticated technique, this apparently natural look
denotes the idea that our own eyes, similar to the eyes of the director, are sophisticated “machines”. The study stems from the hypothesis that this masterpiece stresses that looking is  never a natural act, since it is mediated by subjectivity. Friedrich Nietzsche and Jacques Lacan ground our theoretical approach.

KEY WORDS: Technology; Subjectivity; Nature; Desire; Look.