Os estudos feministas da deficiência e suas aproximações com a cobertura midiática dos Jogos Paralímpicos Tóquio/2020

Autores

  • Tatiane Hilgemberg Universidade Federal de Roraima

DOI:

https://doi.org/10.18764/2176-5111v17n30.2022.24

Palavras-chave:

Jogos Paralímpicos, Gênero, Estudos Feministas da Deficiência

Resumo

Recentemente os Estudos Críticos da Deficiência começaram a utilizar a perspectiva intersecional – que emergiu dos estudos de feministas negras nos Estados Unidos que pretendiam entender como as estruturas de raça e gênero se cruzam – que se tornou popular nos últimos anos, principalmente em pesquisas que abordam grupos marginalizados. Este estudo tem como objetivo analisar a home page do portal de notícias Globo.com durante a cobertura dos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020, focando na representação das mulheres através das lentes dos Estudos Feministas da Deficiência.  Nossos resultados apontam para um processo, ainda que tímido, de equidade na representação de homens e mulheres, com a presença de alguns apagamentos e silenciamentos mais acentuados na cobertura de atletas do sexo feminino.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Tatiane Hilgemberg, Universidade Federal de Roraima

Professora Adjunta do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Roraima (UFRR). Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Doutora em Comunicação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). E-mail: tatianehilgemberg@gmail.com

 

Referências

AMSTERDAM, N. V.; KNOPPERS, A.; JONGMANS, M. ‘It's actually very normal that I'm different’. How physically disabled youth discursively construct and position their body/self. Sport, Education and Society, 20, 2, 2015, pp. 152-170.

BERTLING, C. Disability Sports in the German Media. In: SCHANTZ, O.; GILBERT, K. (Eds.). Heroes or Zeroes? The media’s perceptions of Paralympic sport. Illinois: Common Ground Publishing LLC, 2012. p. 55-64.

BRITTAIN, I. Perceptions of Disability and their Impact upon Involvement in Sport for People with Disabilities at all Levels. Journal of Sports & Social Issues, v. 28, n. 4, 2004. p. 429-452.

BUTLER, J. Atos performáticos e a formação dos gêneros: um ensaio sobre fenomenologia e teoria feminista. In: Heloisa Buarque de HOLANDA (Org.). Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.

BUYSSE, J. A. N.; BORCHEDING, B. Framing Gender and Disability: A cross-cultural analysis of photographs from the 2008 Paralympic Games. International Journal of Sport Communication, 3, p. 308-321, 2010.

CROSSMAN, J.; VICENT, J.; HARRIET, S. The Times they are A-Changin: Gender comparisons in three national newspapers of the 2004 Wimbledon Championships. International Review for the Sociology of Sport, 42, p. 27-41, 2007.

FIGUEIREDO, T. H. Gênero e Deficiência: Uma análise da cobertura fotográfica dos Jogos Paralímpicos de 2012. Estudos de Jornalismo e Mídia, v.11, n. 2, jul/dez 2014. p. 484-497.

FIGUEIREDO, T. H. Atleta Real x Atleta de Papel: A perspectiva individual dos atletas paralímpicos e sua representação na mídia impressa. 2017. 221f. Tese (Doutorado em Comunicação Social) – Faculdade de Comunicação Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.

GARLAND-THOMSON, R. Redrawing the boundaries of feminist disability studies. Feminist Studies. v. 20, n. 3, 1994, p. 582-595.

GARLAND-THOMSON, R. Re-shaping, Re-thinking, Re-defining: Feminist Disability Studies. Barbara Waxman Fiduccia Papers on Women and Girls with Disabilities

Center for Women Policy Studies , 2001.

GARLAND-THOMSON, R. Feminist Disability Studies. Signs: Journal of Women in Culture and Society. v.30, n. 2, 2005.

GOLD, J. R.; GOLD, M. M. Access for all: The rise of the Paralympic Games. The Journal of the Royal Society for the Promotion of Health, v. 127, n. 3, 2007. p. 133-141.

HALL, S. The spetacle of the “Other”. In: HALL. S. (Ed.) Representation: cultural representations and signifying practices. Londres: Sage/Open University, 1997. p.223-290.

HARDIN, M.; HARDIN, B. The Supercrip in sport media: Wheelchais athletes discuss hegemony’s disabled hero. Sosol, 7. 2004. Disponível em: http://physed.otago.ac.nz/sosol/v7il/v7il.html. Acesso em: 15 Mar. 2008.

HILGEMBERG, T.; ARAÚJO, B. C. C.; LIMA, A. S. Gênero, esporte e deficiência na cobertura fotográfica dos Jogos Paralímpicos Rio-2016. Revista Cadernos de Comunicação, 23, 1, 2019, p. 2–21

KITTAY, E. Love’s Labor: essays on women, equality, and dependency. Nova York: Routledge, 1999.

KNIJNIK, J. D. Rosa versus azul: estigmas de gênero no mundo esportivo. In: FÓRUM DE DEBATE SOBRE MULHER & ESPORTE: Mitos e Verdades, 3., 2004, São Paulo. Anais... São Paulo: USP, 2004. p. 63-67.

KOIVULA, N. Gender Stereotyping in Televised Media Sport Coverage. Sex Roles, v. 41, n. 7/8, p. 589-604, 1999.

LEE, M. J. Images of Athletes with Disabilities: An analysis of photographs from the 2012 paralympic games. 2013. Tese (Doutorado em Filosofia) – Department of Kinesiology, University of Alabama, Alabama. 2013.

LENSKYJ, H. "Inside Sport" or "On the Margins"? Australian Women and the Sport Media. International Review for the Sociology of Sport, v.33, n.1, 1998. p.19-32.

MARCELLINI, A. French Perspectives on the Media and Paralympics. In: SCHANTZ, O.; GILBERT, K. (Eds.). Heroes or Zeroes? The media’s perceptions of Paralympic sport. Illinois: Common Ground Publishing LLC, 2012. p. 95-104.

MORAES, M. C. B. Sobre o Nome da Pessoa Humana. Revista da EMERJ, v. 3, n. 12, 2000. p. 48-74.

PAPPOUS, A.; CRUZ, F.; LÉSÉLEUC, E.; GARCÍA, M. P.; MUNOZ, A.; SCHMIDT, J.; MARCELLINI, A. La Visibilidad de la Deportista Paralímpica en la Prensa Espanola. Revista de Ciencias del Ejercicio Físico, 2007. p.12-32.

PAPPOUS, A.; MARCELLINI, A.; LÉSÉLEUC, E. From Sydney to Beijing: the evolution of the photographic coverage of Paralympic Games in five European countries. Sport in Society: Cultures, Commerce, Media, Politics, v. 14, n. 03, p. 345-354, 2011.

PEDERSEN, P. M. Examining Equity in Newspaper Photographs – a content analysis of the print media photographic coverage of interscholastic athletics. International Review for the Sociology of Sport, v. 37, n. 3/4, p. 303-318, 2002.

PEREIRA, E. G. B.; PONTES, V. S.; RIBEIRO, C. H. V. Jogos Olímpicos de Londres 2012: Brasileiros e brasileiras em foco. Revista de Educação Física/UEM, v. 25, n. 2, 2. Trim. 2014. p. 257-271.

REICHART, F; MYAZHIOM, A. C. L. Media Coverage of the Paralympic Games from 1960 to 2004 by the Sport Newspaper ‘L’Equipe’: Change in event a participation representation. In: SCHANTZ, O.; GILBERT, K. (Eds.). Heroes or Zeroes? The media’s perceptions of Paralympic sport. Illinois: Common Ground Publishing LLC, 2012. p. 25-36.

SCHANTZ, O.; GILBERT, K. An Ideal Misconscructed: Newspaper coverage of the Atlanta Paralympic Games in France and Germany. Sociology of Sport Journal, 18, p. 69-94, 2001.

SCHRIEMPF, A. (Re)fusing the Amputated Body: An interactionist bridge for feminism and disability. Hypatia, v. 16, n. 4, p. 53-79, 2001.

THOMAS, N.; SMITH, A. Preoccupied with able-bodiedness? An analysis of British Media Coverage of the 2000 Paralympic Games. Adapted Physical Activity Quarterly, 20, p. 166-181, 2003.

Downloads

Publicado

2022-12-29

Como Citar

HILGEMBERG, Tatiane.
Os estudos feministas da deficiência e suas aproximações com a cobertura midiática dos Jogos Paralímpicos Tóquio/2020
. Cambiassu: Estudos em Comunicação, v. 17, n. 30, p. 255–271, 29 Dez 2022Tradução . . Disponível em: . Acesso em: 28 abr 2024.

Edição

Seção

Artigos