AJEUM BÓ
A importância patrimonial cultural das comidas votivas de (para o) Afroturismo como atrativo turístico
DOI:
https://doi.org/10.18764/2674-6972v4n10.2022.16Parole chiave:
Comida, Patrimônio, Afroturismo, Terreiro, AncestralidadeAbstract
A alimentação ritualística e as comidas votivas dos terreiros, sob uma ótica decolonial, são potenciais atrativos para o afroturismo. O objetivo da pesquisa consiste em conhecer as comidas de terreiro, bem como analisar a importância de salvaguarda dos rituais e como pensar o afroturismo. Apresentando referencial teórico pertinente aos Ilês, trata-se de uma pesquisa qualitativa de abordagem exploratória. Utiliza-se as ferramentas de pesquisa de campo e observação direta intensiva. Os resultados foram obtidos a partir da vivência em três terreiros (Ilês) em 2021: Ilê Asé Abarewá (Caucaia), Ilê Ibá Asé KPossu Aziri (Fortaleza) e Ilê Axé Obá Oladeji (Maracanaú). A partir da pesquisa, concluiu-se que a ligação por meio dos saberes e fazeres da alimentação sagrada dos ilês visitados, apresenta-se como um atrativo cultural, onde possibilita valorizar a cultura afrodiaspórica, pensando o ato de comer como patrimônio decolonial e que vem perfazendo as encruzilhadas que o turismo cultural propõe.
Downloads
Riferimenti bibliografici
AGUIAR, J.C.T.M. Os orixás, o imaginário e a comida no Candomblé. Revista Fórum Identidades. Dossiê: educação e africanidades, v. 11, n. 11, jan-jun de 2012. Disponível em: https://www.seer.ufs.br/index.php/forumidentidades/article/view/1834/1620. Acesso em: 18 dez. 2022.
ALVARENGA, M. J. S. “Cozinha também é lugar de magia”: alimentação, aprendizado e a cozinha de um terreiro de Candomblé. 2017. 160 f., il. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social)—Universidade de Brasília, Brasília, 2017. Disponível em: https://repositorio.unb.br/handle/10482/24936. Acesso em: 27 dez. 2022.
ALVARENGA, M. J. S. O Candomblé Começa na Cozinha: Alimentação, Aprendizado e Transformação. Revista Habitus - Revista do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia, v. 16, n. 2, p. 275-292. Disponível em: https://seer.pucgoias.edu.br/index.php/habitus/article/view/5718/3910. Acesso em: 27 dez. 2022.
BARRETTO, M. Planejamento e Organização em Turismo. Campinas, SP: Papirus, 1991.
BRASIL. Decreto n. 3.551 de 04 de agosto de 2000. Institui o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem patrimônio cultural brasileiro, cria o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial e dá outras providências. Diário Oficial da União 7 ago. 2000.
BRASIL. Lei n. 12.343, de 2 de dezembro de 2010. Institui o Plano Nacional de Cultura - PNC, cria o Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais - SNIIC e dá outras providências. Brasília, 2010. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12343.htm. Acesso em: 27 dez. 2022.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art215%C2%A73. Acesso em: 27 dez. 2022.
BRASIL. Lei n. 10.639 de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Brasília, 2003. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2003/L10.639.htm. Acesso em: 27 dez. 2022.
BRASIL. Decreto-lei n. 25. De 30 de novembro de 1937. Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional. Brasília, 1937. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del0025.htm. Acesso em: 27 dez. 2022.
CARVALHO, J. J. A Economia do Axé: Os terreiros de religião de matriz afro-brasileira como fonte de segurança alimentar e rede de circuitos econômicos e comunitários. In: BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. (Org.). Alimento: Direito Sagrado - Pesquisa Socioeconômica e Cultural de Povos Comunidades Tradicionais de Terreiros. Brasília, DF: MDS Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação, 2011.
CASCUDO, Luiz Câmara. História da Alimentação do Brasil. 4 ed. São Paulo: Global, 2011.
DIAS, J.; LUZZI, A. Cultura alimentar nas políticas culturais do Brasil.: Debate construído pela participação popular e incidência política ganha força na Lei Aldir Blanc. Le monde diplomatique – Brasil, São Paulo, 30 de novembro de 2020. Disponível em: https://diplomatique.org.br/cultura-alimentar-nas-politicas-culturais-do-brasil/. Acesso em: 02 fev. 2021.
EYIN, P. C. O. Acaçá: Onde tudo começou. São Paulo: Arx, 2002.
FILLHO, F. H. C.; STUDART, V. M. As “outras formas de acautelamento e preservação” do patrimônio cultural brasileiro. Revista de Direito da Cidade, [S.l.], v. 9, n. 2, p. 366-388, abr. 2017. ISSN 2317-7721. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/rdc/article/view/26768. Acesso em: 28 dez. 2022. doi:https://doi.org/10.12957/rdc.2017.26768.
GODOY, A. Pesquisa Qualitativa: tipos fundamentais. Revista de Administração de Empresas, v. 35, n. 3, p. 20-29, mai./jun. 1995. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/20595. Acesso em: 02 fev. 2021.
GRÜNEWALD, R. Turismo e Etnicidade. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 9, n. 20, p. 141-159, out. 2003.Disponível em: https://www.scielo.br/j/ha/a/wL5drZ99NFQhhjdFzMyyyMd/?lang=pt. Acesso em: 02 fev. 2021.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2019.
PAIXÃO, M. Candomblé: resistência, preservação e reconhecimento da culinária afro-brasileira: a religião de matriz africana entende o ato de comer como sagrado e forma de dialogar com a ancestralidade. Brasil de fato, São Paulo, 01 de novembro de 2019. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2019/11/01/candomble-resistencia-preservacao-e-recon hecimento-da-culinaria-afro-brasileira. Acesso em: 01 fev. 2021.
PRANDI, R. O candomblé e o tempo: concepções de tempo, saber e autoridade da África para as Religiões Afro-Brasileiras. Revista Brasileira De Ciências Sociais, v. 16, n. 47, 2001.
SANTILLI, J. O reconhecimento de comidas, saberes e práticas alimentares como patrimônio cultural imaterial. DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde, [S.l.], v. 10, n. 3, p. 585-606, jul. 2015. ISSN 2238-913X. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/demetra/article/view/16054. Acesso em: 28 dez. 2022. doi:https://doi.org/10.12957/demetra.2015.16054.
SANTOS, V. J. R. Cultura, comida e outras histórias. Bahia: UFBA, 2008.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 1.ed. São Paulo: Cortez, 2013.
TOLENTINO, A. Educação patrimonial decolonial: perspectivas e entraves nas práticas de patrimonialização federal. Revista Sillogés. v. 1, n. 1, p. 41-60, 2018.
##submission.downloads##
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Questo lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione - Non commerciale - Non opere derivate 4.0 Internazionale.
Esta obra está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.