LUTAS E FORMAS DE ORGANIZAÇÃO FEMININA EM ÁFRICA: considerações sobre Guiné-Bissau, Moçambique e Cabo Verde
DOI:
https://doi.org/10.18764/2178-2865.v22nEp969-986Palavras-chave:
Organizações, Mulheres, ÁfricaResumo
A análise das desigualdades sistêmicas não só entre mulheres e homens, mas entre as próprias mulheres, tem possibilitado importantes questionamentos sobre o processo de organização feminina em contextos bem diferenciados daqueles que marcaram as produções ocidentais. Em África as mobilizações pela emancipação feminina tiveram lugar nos movimentos de independência; frente às imposições colonialistas as mulheres buscaram lutar pelas organizações autônomas e os sistemas de autogoverno que controlavam. Essa ativa participação resultou na criação de ligas feministas dentro dos movimentos de libertação, cujo objetivo era genderizar as lutas e chamar a atenção para as relações sociais e de poder ali existentes. Nesse sentido, o presente texto toma como foco de abordagem o processo de luta e as formas de organização femininas nos países africanos de fala oficial portuguesa, especialmente, Guiné Bissau, Moçambique e Cabo Verde, a fim de analisar as estratégias de empoderamento e emancipação por elas instituídas.
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