PRÁTICAS POLICIAIS AUTORITÁRIAS NO CONTROLE PENAL PÓS-DEMOCRÁTICO: um retrato midiático

Resumen

O tema do estudo é a polícia brasileira e suas práticas no controle social. Parte-se do seguinte problema: os casos midiáticos de atuações policiais analisados nesta pesquisa expõem uma intensificação de práticas autoritárias no atual cenário democrático? A práxis que orienta as atuações policiais estão imbricadas no processo destas manifestações autoritárias? Adota-se o método hipotético-dedutivo junto a meta-análise empírico-qualitativa e a técnica de pesquisa da documentação indireta. O estudo parte de considerações mais abrangentes sobre as organizações policiais nacionais e o seu papel nas estratégias de controle social, para que posteriormente se torne viável um aprofundamento a partir da leitura de casos concretos (delimitados nas situações de Filipe e Arquidones), os quais trazem à tona processos de violência, autoritarismo e outras nuances das práticas penais brasileiras. Conclui-se que neste contexto de frágil democracia, os casos de Filipe e Arquidones, demonstram um aprofundamento de uma condição ancestral de violências policiais, as situações noticiadas neste ensaio revelam como as rotinas penais, especialmente as cristalizadas no poder de polícia, estão fundadas em uma práxis intrinsicamente autoritária, desigual e racista.