Processos de flexão na formação de sinais: um estudo das gírias utilizadas pela comunidade surda de São Luís – MA
DOI:
https://doi.org/10.18764/2177-8868v16n31e25427Palabras clave:
Libras, gírias, morfologiaResumen
Este estudo teve como objetivo compreender os processos morfológicos de formação de sinais das gírias utili-zadas pela comunidade surda de São Luís; e como pergunta de pesquisa: Como as flexões se manifestam na morfologia dos sinais de gírias utilizadas pela comunidade surda de São Luís? É um recorte da pesquisa de finalização do curso de Letras Libras da primeira autora. Coloca-se como uma proposta para elucidação e ampliação das discussões sobre os processos de formação de novos sinais que concorrem à anexação ao léxico da Libras, aqui em especial. Como referencial teórico relacionado ao estudo da morfologia, buscaram-se Qua-dros e Karnopp (2004), Aronoff, Meir e Sandler (2005), Faria-Nascimento (2009; 2013), Quadros (2019) e Qua-dros et al. (2023), entre outros autores. Sobre gíria, citam-se Preti (1984; 2000) e Silva (2008). Sobre gírias em Libras, recorreu-se a Silva (2015) e Cruz (2020). A pesquisa é um estudo descritivo qualitativo e quantitativo dos sinais presentes na categoria gíria no site Maranhão em Sinais. No estudo base desse artigo, foram identifi-cados vários processos morfológicos de formação de sinais, aqui são apresentadas as flexões: 06 (seis) sinais-gíria com processos morfológicos de flexão de concordância, e 20 (vinte) sinais com flexão de aspectual. A flexão de concordância pode ser identificada pela alteração da direcionalidade do movimento, que torna pos-sível saber quem executa ou recebe a ação. A flexão aspectual está ligada ao uso de expressões não manuais.
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