CAMINHOS METODOLÓGICOS EM UMA DISSERTAÇÃO SOBRE PROFESSORAS PRETAS
DOI:
https://doi.org/10.18764/2595-1033v6n14.2023.15Parole chiave:
professoras negras, metodologia, epistemologia, pesquisaAbstract
Mergulhar na realidade do mundo das professoras negras foi um dos mais potentes desafios encontrados ao longo deste percurso de pesquisa. Através deste estudo, desenvolvido na linha de pesquisa identidades, culturas e diferenças do Programa de Pós-Graduação em Educação, PPGEdu, das professoras negras e suas vivências através delas próprias, dentro de uma visão do pensamento feminista negro na educação, foi possível pensar uma investigação com o método da história oral como base em uma pretensa metodologia de descolonização epistêmica. Utilizando-se epistemologias de autores e autoras com escritas densas sobre as questões afro-diaspóricas, afro-feministas e afro-brasileiras. Uma epistemologia com princípios referentes à: experiência vivida como critério de significação; o uso do diálogo para avaliar o conhecimento; ética do cuidado nas emoções; ética da responsabilidade pessoal; e as mulheres negras como agentes do conhecimento. Ao investigar com esse olhar, não foi uma mulher guerreira, mas cinco que inspiraram discutir modos de fazer pesquisa sobre ela e com elas. Dessa forma, aqui trazem-se notas de uma dissertação de mestrado, com recorte na construção metodológica para transgredir, ao menos um pouco, o sistema pouco flexível da academia. Reitera-se que é uma proposta construída sob aprendizados e saberes, desse modo, como homenagem em cada seção, utiliza-se uma frase dita pelas co-autoras professoras negras que contribuíram nesse processo.
Downloads
Riferimenti bibliografici
AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.
ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Etnografia da prática escolar. Campinas: Papirus, 2009.
BARBOSA, Izabel Espindola. Nossas professoras pretas: por uma pedagogia preta feminista. 2021. 123 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2021.
BENTO, Maria Aparecida Silva. Cidadania em preto e branco. São Paulo: Ática, 2006.
CARNEIRO, Sueli. Escritos de uma vida. São Paulo: Pólen, 2019.
CARNEIRO, Sueli. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011.
CARRERA, María; INCIARTE, Alicia; MARÍN, Freddy. Sistema metodológico de investigación desde la perspectiva crítica de diversos actores sociales. Multiciencias, Punto Fijo, v. 12, p. 81-87, jan./dez. 2012. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=90431109013. Acesso em: 10 fev. 2020.
COLLINS, Patricia Hill. Epistemologia feminista negra. In: BERNARDINO-COSTA, Joaze; MALDONADO-TORRES, Nelson; GROSFOGUEL, Ramón (Orgs.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. 2. ed. 3 .reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2020. p. 139-170.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994.
GAGO, Paulo Cortes. Questões de transcrição em Análise da Conversa. Veredas – Revista de Estudos Linguísticos, Juiz de Fora, v. 6, n. 2, p. 89-113, jul./dez. 2002. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/veredas/article/view/25285. Acesso em: 23 nov. 2020.
GOLIN, Tau. I Encontro: Por que colocar NósOutros Gaúchos em questão? Quais são nossos sintomas sociais? Qual o mal-estar e sofrimento que produzem?. In: BETTS, Jaime; ROBIN, Sinara (Orgs.). NósOutros gaúchos: as identidades dos gaúchos em debates interdisciplinares. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2017. p. 55-62.
GOMES, Nilma Lino. A mulher negra que vi de perto. Belo Horizonte: Mazza Edições, 1995.
GOMES, Nilma Lino. O Movimento Negro e a intelectualidade negra descolonizando os currículos. In: BERNARDINO-COSTA, Joaze; MALDONADO-TORRES, Nelson; GROSFOGUEL, Ramón (Orgs.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. 2. ed. 3. reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2020. p. 223-246.
HOOKS, Bell. Erguer a voz: pensar como feminista, pensar como negra. Tradução: Cátia Bocaiúva Maringolo. São Paulo: Elefante, 2019.
HOOKS, Bell. Não sou eu uma mulher: mulheres negras e feminismo. Lisboa: Plataforma Gueto, 2014. Disponível em: https://plataformagueto.files.wordpress.com/2014/12/nc3a3o-sou-eu-uma-mulher_traduzido.pdf . Acesso em: 12 dez. 2018.
LEITE, Luiz Osvaldo. I Encontro: Por que colocar NósOutros Gaúchos em questão? Quais são nossos sintomas sociais? Qual o mal-estar e sofrimento que produzem?. In: BETTS, Jaime; ROBIN, Sinara (Orgs.). NósOutros gaúchos: as identidades dos gaúchos em debates interdisciplinares. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2017. p. 44-49.
MACEDO, José Rivair. IV Encontro: Qual a visão dos outros sobre a cultura gaúcha e os modos de ser dos gaúchos?. In: BETTS, Jaime; ROBIN, Sinara (Orgs.). NósOutros gaúchos: as identidades dos gaúchos em debates interdisciplinares. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2017. p. 206-212.
MATTOS, Regiane Augusto de. História e cultura afro-brasileira. 2. wd. São Paulo: Contexto, 2012.
MEIHY, José Carlos Sebe B.; RIBEIRO, Suzana L. Salgado. Guia prático de história oral: para empresas, universidades, comunidades, famílias. São Paulo: Contexto, 2011.
PEREIRA, Vilmar Alves; DIAS, José Roberto de Lima; LEMOS, Luciane Oliveira. Caminhos epistemológicos e metodológicos. In: PEREIRA, Vilmar Alves; CLARO, Lisiane Costa (Orgs.). Epistemologia e metodologia nas pesquisas em educação. Passo Fundo: Méritos, 2017. p. 11-29.
RATTS, Alex; RIOS, Flavia. Lélia Gonzalez. São Paulo: Selo Negro, 2010.
##submission.downloads##
Pubblicato
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Questo lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione - Non commerciale 4.0 Internazionale.
Direitos autorais Kwanissa: Revista de Estudos Africanos e Afro-BrasileirosEste obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.