SUICÍDIO JUVENIL E SOCIEDADE: primeiras aproximações

Autores

  • Luis Mendes UFSC
  • Eugênio Luedke Filho
  • Angela Della Flora UFSC

Resumo

O presente artigo aborda a temática do suicídio juvenil, a partir de contribuições das áreas de  Sociologia, Filosofia, Psicologia Social e Teologia, devido a complexidade que envolve o  suicídio juvenil, considerado um problema de saúde pública em vários países, inclusive no Brasil,  que está entre os oito países, em que este número segue aumentando gradativamente nas últimas décadas. Tem como objetivo geral analisar a condição juvenil na sociedade contemporânea e sua relação com o crescente número de suicídio e automutilação de jovens, nas duas últimas décadas. Para alcançar tal objetivo foram estabelecidos quatro objetivos específicos: a) apresentar as definições do que é ser jovem na atualidade, a partir das áreas apontadas acima; b) explorar dados referentes ao suicídio e a automutilação de jovens no Brasil; c) tecer possíveis relações entre o modelo de sociedade atual com o fenômeno do suicídio juvenil; d) apresentar possíveis caminhos para a compreensão deste complexo fenômeno, que não se esgota com este estudo. Essa pesquisa é de natureza básica, de caráter exploratório e bibliográfico. A forma de tratamento dos dados é qualitativa, fundamentada em vários autores clássicos e contemporâneos das áreas supracitadas, além de dados estatísticos atuais levantados previamente por organismos de pesquisa reconhecidos. Constata-se que o atual modelo econômico atua tanto nos níveis estruturais como subjetivos da sociedade em especial, principalmente no comportamento juvenil. operando de acordo com interesses do mercado e da indústria mundial que impõe padrões do que é ser jovem. Nesta complexa trama social e subjetiva os jovens não conseguem viver sua juventude de forma plena e saudável, nem sonhar com outro mundo possível, pois são obrigados a assumir atribuições incompatíveis com sua idade e condição, provocando assim, sérios problemas de saúde a ponto de muitos perderem totalmente, a razão de viver.

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Biografia do Autor

Luis Mendes, UFSC

Estudos de pós-doutorado em andamento em Filosofia, na Universidad de Buenos Aires (UBA), 2019. É Professor Adjunto na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professor na pós-graduação e graduação. Possui Doutorado em Filosofia pela Pontificia Università Antonianum, Roma, Itália. Atualmente é líder do grupo de pesquisa FILOSOFIA DA INFORMAÇÃO: REFLEXOS E REFLEXÕES; Linha de pesquisa: ética da informação, epistemologia e sociedade. É membro também do grupo de pesquisa: Informação, Tecnologia e Sociedade, linha de pesquisa: Informação, educação, ética e representação de sociedade, no Departamento de Ciências da Informação (CIN). Membro de corpo editorial da Revista Ágora - Arquivologia da UFSC. Coordenador de Trabalho de Conclusão de Curso e PIBIC.

Eugênio Luedke Filho

Graduado em Pedagogia (2011). Especialista em Educação Especial e Educação Inclusiva (2012). Especialista em Educação e Realidade Brasileira pela Universidade Federal de Santa Catarina (2018). Graduando em Teologia na Faculdade Católica de Santa Catarina e Graduando em Filosofia na Universidade do Sul de Santa Catarina.  Grupo de Pesquisa Filosofia da Informação: Reflexos e Reflexões, Departamento de Ciência da Informação. (CIN/CED)

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Publicado

2019-09-08

Como Citar

Mendes, L., Filho, E. L., & Flora, A. D. (2019). SUICÍDIO JUVENIL E SOCIEDADE: primeiras aproximações. Cadernos Zygmunt Bauman, 9(20). Recuperado de https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/bauman/article/view/11565

Edição

Seção

Perspectivas do Desenvolvimento Regional