História, cinema e ensaio: análise dos filmes "Branco Sai, Preto Fica", "Batguano" e "Maranhão 669"
Palavras-chave:
Cinema e História. Cinema Brasileiro Contemporâneo. Arte e Política.Resumo
O presente artigo propõe trabalhar as noções de história, montagem, ensaio e alegoria em Walter Benjamin e colocá-las em perspectiva às obras do cinema brasileiro contemporâneo Branco sai, preto fica; Batguano e Maranhão 669. Parte-se de tais reflexões para, através da metodologia da constelação crítica benjaminiana, se pensar como o cinema pode, em alguns casos, produzir imagens dialéticas a partir de fragmentos históricos, associados a procedimentos narrativos e estéticos, que vicejam, em suas tramas de montagem, fazer a crítica à miséria social e política brasileiras. Atenta-se ao pensamento audiovisual ensaístico como forma-força profícua para se pensar reflexivamente a história e o próprio cinema, através das modulações de imagens profundas como possibilidade de abertura do mundo e dos sentidos.
Palavras-chave: Cinema e História. Cinema Brasileiro Contemporâneo. Arte e Política.
Downloads
Referências
ADORNO, Theodor. O ensaio como forma. In Notas de Literatura I. São Paulo: Ed. 34, 2003.
AGAMBEN, Giorgio. Profanações. São Paulo: Boitempo Editorial, 2007.
Batguano. Direção de Tavinho Teixeira. João Pessoa. 2014.
BENJAMIN, Walter. Passagens. Belo Horizonte: Editora UFMG; São Paulo: Imprensa Oficial, 2009.
________________. O anjo da história. Belo Horizonte: Autêntica, 2012a.
________________. Obras escolhidas: magia e técnica, arte e política. São Paulo: Brasiliense, 2012b.
________________. A origem do drama trágico alemão. Belo Horizonte: Autêntica, 2 ed., 2013.
BENSE, Max. O ensaio e sua prosa. In Revista Serrote. Instituto Moreira Salles. Rio de Janeiro. Número 23. 2014. pp. 1-7. http://www.revistaserrote.com.br/2014/04/o-ensaio-e-sua-prosa/ acesso em 03/04/2015.
BENTES, Ivana (org.). Cartas ao mundo: Glauber Rocha. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
_____________. Mídia-multidão: estéticas da comunicação e biopolíticas. Rio de Janeiro: Mauad X, 2015.
Branco Sai Preto Fica. Direção de Adirley Queirós. Produção: 5 da Norte. Brasília. 2014.
Caveira My Friend. Direção de Álvaro Guimarães. Salvador. 1970. Link: https://www.youtube.com/watch?v=4H46qQaGb7Q acesso em 10/10/2015.
CORDEIRO, Eduardo. Essência e aparência: Maranhão 669. Um filme de horror para os Fortes. In BRASIL, Ramusyo (org.). Maranhão 669 e a potência das imagens. São Luís: Pitomba, S/D. (no prelo)
DIDI-HUBERMAN, Georges. A imagem sobrevivente: história da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.
Eles Vivem (They Live). Direção de John Carpenter. Estados Unidos. 1988.
FLUSSER, Vilém. Gestos. São Paulo: Annablume, 2014.
FURTADO, Beatriz; LIMA, Érico. Corpo, destruição e potência em Branco sai preto fica. In Matrizes. Volume 10. No 1. jan./abr. 2016. São Paulo – Brasil. pp. 149 – 163.
GERBER, Raquel. Filme e historicidade. In Revista de cine mais outras questões audiovisuais. Rio de Janeiro. Jan. / Mar. 2005. pp. 99 – 147.
GRAMSCI, Antonio. Americanismo e fordismo. São Paulo: Hedra, 2008.
Maranhão 66. Direção de Glauber Rocha. Produção: Mapa Filmes. São Luís e Rio de Janeiro. 1966.
Maranhão 669 – Jogos de Phoder. Direção de Ramusyo Brasil. Produção NUPPI e Mídia 2. São Luís. 2014.
MESQUITA, Claudia. Memória contra utopia: Branco sai preto fica (Adirley Queirós, 2014). Encontro da Compós – Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação.
Link: http://www.compos.org.br/biblioteca/compos-2015-1a0eeebb-2a95-4e2a-8c4b-c0f6999c1d34_2839.pdf
Acesso em 01 de agosto de 2016.
NIETZSCHE, Friedrich. A origem da tragédia. São Paulo: Editora Moraes LTDA., S/D.
PRYSTHON, Angela. Furiosas frivolidades: artifício, heterotopias e temporalidades estranhas no cinema brasileiro contemporâneo. In Revista Eco Pós. Dossiê: as formas do artifício. Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Volume 18. N 3. Rio de Janeiro: 2015. pp. 66 – 74.
ROCHA, Glauber. Revolução do cinema novo / Glauber Rocha. São Paulo: Cosac Naify, 2004.
TEIXEIRA, Francisco Elinaldo. Cinemas “não narrativos”: experimental e documentário – passagens. São Paulo: Alameda, 2012.
Terra em Transe. Direção de Glauber Rocha. Produção: Mapa Filmes. Rio de Janeiro. 1967.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos autorais da Revista Interdisciplinar em Cultura e Sociedade
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.