Pop’Deleuze

fora do clichê imperial

Autores

  • PAOLA ZORDAN Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.18764/2447-6498v8n1.2022.4

Palavras-chave:

Popular, Sociedade de controle, Simulacro, Império, Esquizoanálise

Resumo

É possível filosofar de um modo popular?  Para compor o que se entende por popular procura-se responder essas questões partindo de uma maneira coloquial de se trabalhar: consultas ao verbete. A fim de definir o popular em suas articulações e desarticulações com a filosofia, segue-se a perspectiva da Diferença de Gilles Deleuze. Mostrar o que vem a ser a pop’philosophie implica considerar as atuais configurações da sociedade de controle colocadas no livro Império de Hardt e Negri. Numa breve retomada dos pressupostos críticos se coloca o problema da banalidade contemporânea imiscuída aos conceitos filosóficos e sua relação com os devires e os modos de resistência expressos na multidão. Compreende-se, então, que é na afirmação dos simulacros que se resiste. Resistir é criar, produzir uma filosofia que devém em arte, para um povo de não-filósofos que necessita pensar.

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Biografia do Autor

PAOLA ZORDAN, Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

Professora Titular do Departamento de Artes Visuais e Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRGS.

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Publicado

2022-07-27

Como Citar

ZORDAN, P. . (2022). Pop’Deleuze: fora do clichê imperial. Revista Interdisciplinar Em Cultura E Sociedade, 59–79. https://doi.org/10.18764/2447-6498v8n1.2022.4

Edição

Seção

Artigos