A FRONTEIRA GUIANA-BRASIL E ETNICIDADE ENTRE POVOS

Autori

  • Stephen Grant Baines Universidade de Brasília

Parole chiave:

Fronteiras, Indígenas, Etnicidade

Abstract

A modificação na relação entre povos indígenas, Estado e sociedade civil, decorrente em grande parte do crescimento do movimento indígena internacional a partir da década de 1970, é evidente nesta fronteira internacional, onde o transnacional, o nacional e o local coexistem e se atualizam na luta dos povos indígenas pelo reconhecimento dos seus direitos. Nesta região, de savana, os povos indígenas Makuxi e Wapichana têm uma história de colonização e contatos contínuos com os regionais dos dois países por mais de dois séculos . São caracterizados pela população regional de Roraima como “índios civilizados” e “caboclos” e do Rupununi, Guiana, como “Amerindians” e pela palavra pejorativa de “buckmen”. Afirmou Diniz, em 1972, que não havia muitas diferenças entre os regionais e os “caboclos”. A partir da década de 1970, com uma atuação indigenista de missionários da Consolata em Roraima, estes povos começaram a se re-organizar como “índios Makuxi e Wapichana”, elaborando sua etnicidade, sobretudo, através de organizações políticas como o Conselho Indígena de Roraima, e a Amerindian Peoples Association na Guiana. Tanto na Guiana como no Brasil os povos indígenas, para ganhar o reconhecimento do Estado, têm de lidar com a questão de apresentar sua diferença em relação às sociedades nacionais e ao mesmo tempo evitar ofender os valores hegemônicos . As flutuações econômicas internas nos dois países levaram a fluxos migratórios, e com a redução de recursos para políticas públicas, o papel das ONGs indígenas, indigenistas e ambientais, nacionais e transnacionais, tornou-se predominante, com freqüente sobreposição de interesses.

Palavras chaves: Fronteira. Indígenas. Etnicidade

Resumen

La modificación de la relación entre pueblos indígenas, Estado y sociedade, se debe en gran parte al crecimiento del movimiento indígena internacional a partir de la década de 1970. Em esta frontera internacional lo trasnacional, lo nacional y lo local coexisten y se actualizan en la lucha de los pueblos indígenas por el reconoimiento de sus derechos. En esta región de sabana los pueblos indígenas makuxi y wapichana tienen uma historia de colonización y contactos contínuos por más de dos siglos em las regiones de los dos países . La población regional de Roraima es caracterizada como “índios civilizados” y “caboclos” y los Rupununi, de Guyana como ameríndios y se les denomina peyorativamente de Buckmen. Afirmaba Diniz em 1972 que no había muchas diferencias entre las poblaciones de una u otra región . A partir de La década de 1970 con la actuación indigenista de los misioneros de Consolata em Roraima estos pueblos comenzaron a reorganizarse como índios “mapuchi y wapichana”, elaborando su etnicidad, sobre todo a través de organizaciones políticas como el Consejo Indígena de Roraima, y la Amerindian Peoples Association em Guyana. Tanto en Guyana como en Brasil los pueblos indígenas, para ganar el reconocimiento del Estado, han tenido que esgrimir su diferencia en relación a lãs sociedades nacionales y al mismo tiempo evitar ofender los valores hegemónicos . Las fluctuaciones económicas internas en los dos países provocaron flujos migratórios. Con la reducción de recursos para políticas públicas, el papel de las ONGs indígenas, indigenistas y ambientalistas, nacionales y transnacionales, fue predominante, aunque han sido frecuentes las sobreposiciones de intereses.

Palabras claves: Frontera. Indígenas. Etnicidad

Abstract

Changes in the relationship between indigenous peoples, the State and civil society, which have come about largely as a result of the growth of the Indian political movement at an international level since the 1970s, are evident on this international border, where the transnational, the national and the local coexist and are constantly brought up-to-date in the struggle of indigenous peoples to get their rights recognized. In this savannah region, the Macushi and Wapishana indigenous peoples have a history of colonization and continuous contacts with the regional population which goes back for more than two centuries . They have been characterized by the regional population of Roraima as “civilized Indians” and “caboclos”, and in the Rupununi, Guyana, as “Amerindians” and by the highly pejorative term “buckmen”. In 1972, Diniz, affirmed that there was not much difference between the regional population and the “caboclos”. Since the 1970s, with the work of the Catholic Consolata missionaries in Roraima, these peoples have started to reorganize themselves as “Macushi and Wapishana Indians”, elaborating their ethnicity, above all, through political organizations such as the Indigenous Council of Roraima (Conselho Indígena de Roraima), and the Amerindian Peoples Association in Guyana. In both Guyana and Brazil, indigenous peoples, to gain recognition by the State, have to face the dilemma of presenting their difference to the national societies and at the same time to avoid offending hegemonic values . Internal economic fluctuations in both countries have led to migration flows across this international border, and with the reduction of funds for public policies, the role national and international indigenous, indigenist, and environmentalist NGOs has become predominant, with frequent overlapping of interests.

Keywords: Border. Indians. Etnicity

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Come citare

Baines, S. G. (2014). A FRONTEIRA GUIANA-BRASIL E ETNICIDADE ENTRE POVOS. Revista Brasileira Do Caribe. Recuperato da http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rbrascaribe/article/view/2475

Fascicolo

Sezione

Artigos