INFANTE Y MARTÍ: pensadores decoloniais
Parole chiave:
Colonialismo, Colonialidade do ser, Colonialidade do poder, Colonialidade do conhecimento, Descolonialidade, Pensamento crítico, Emancipação-libertaçãoAbstract
São conhecidos através da pesquisa de numerosos autores de ambos os lados do Atlântico, os elos entre a Andaluzia e o Caribe como espaços que, a partir de uma perspectiva histórica convergem através de influências recíprocas em diferentes planos. Nessa direção, este artigo confirma essa unidade por meio da análise dos pontos de coincidência de dois paradigmas de pensamento de ambos os espaços: Blas Infante e José Martí. É ostensivo que o reflexo de ambos obtenha seu significado imediato em seus correspondentes contextos históricos de ação; no entanto, uma exegese que só os considera em seu imediatismo temporal é incompleta para avaliar sua transcendência, porque, como Calvino apontou; para estabelecer a etimologia do conceito de “clássico” (vem, de acordo com o romancista italiano do latim “classis”, barco cujo design o torna adequado para navegar em várias condições), um discurso clássico é incapaz de envelhecer. Da mesma forma, seguindo a analogia, um clássico é aquele discurso que transcende seu contexto imediato de significado e interpela e dialoga em diacronia com espaços socio temporais alternativos. Assim, os trabalhos de Infante e Martí, devido à sua própria densidade analítica, tendem a prolongar sua incidência no presente e dotar a reflexão com gravidade, uma vez que alguns dos problemas enfrentados por ambos os autores variaram em suas condições superficiais, embora profundidade revelam sua persistência. Assim, se fosse necessário partir de um a priori que descrevesse o poder de ambas as obras, pode-se afirmar que em ambos os casos é uma reflexão autotélica. Já que ambos os pensamentos são formulados “territorializados”, isto é, como um panóptico, dão conta de certos problemas que expõem a trajetória histórica de Cuba e Andaluzia e cuja análise revela uma intencionalidade idêntica que parte das diversas impossibilidades do presente para postular uma possibilidade resolutiva que as transcenda no futuro. Que significado expressam, por exemplo, “Nuestra América” e “Ideal Andaluz” senão uma projeção crítica do presente em direção a um futuro alternativo e antagônico? Da mesma forma, verifica-se a convicção, ou melhor, o imperativo, de que a ruptura em relação a uma ordem sociopolítica, mas também cultural e ideológica, constitui o caminho direto para suas sociedades reapropriarem-se desse futuro, ressignificando-o. Pois nem Blas Infante é um reformador como algumas críticas o perceberam, nem Martí é; já que neste aspecto, a natureza radical de suas reflexões resultam da verificação do esgotamento de um modelo colonial por definição injusta que encontra na ruptura, que é a emancipação e, portanto, o início de um destino próprio, o verdadeiro caminho que leva à auto-realização de suas respectivas sociedades. Ambos são, nesse aspecto, pensamentos germinais; não só preparados na perspectiva futura a partir de seu próprio ímpeto histórico, orientado para o próprio futuro histórico, interpelando-nos. Por outro lado, constituem discursos dialéticos. Eles são organizados pela tríade conhecido de tese, antítese e síntese, entendendo síntese não apenas como um corolário necessário de sua tese, mas sobretudo a resolução final trágica de suas trajetórias de vida e fornece uma unidade indissolúvel de coerência entre vida e trabalho. Mas também seus textos seminais. Ao examinar desde a profundidade do mal-estar de seus povos e, nesse sentido, o desconforto que é político, social e econômico é inicialmente analisados em seu sentido cultural e ideológico que é, para ambos, a chave para o qual esses aspectos constituem epifenômenos. Portanto, o primeiro passo de ambos os discursos críticos é ouvir a história da América e da Andaluzia. Assim, dada a importância que ambos os autores dão valor performativo de suas palavras, este artigo se propõe a investigar os pontos nodais “Nossa América e ‘Ideal Andalus” em relação às categorias de pensamento colonial. Deste modo, a análise verificará a relevância atual de seus discursos, isto é, sua capacidade interpelativa imediata em relação à nossa própria contemporaneidade. Para isso, vamos utilizar como parâmetros teóricos, mas também como ferramentas operacionais nos textos citados, a hermenêutica descoloniais, ou seja, os conceitos-chave do pensamento colonial e teoria da análise do discurso de Teun van Dijk.
Palavras-chave: Colonialismo. Colonialidade do ser. Colonialidade do poder. Colonialidade do conhecimento. Descolonialidade. Pensamento crítico. Emancipação-libertação.
Resumen:
Son conocidas a través de la investigación de numerosos autores a ambas orillas del Atlántico las vinculaciones entre Andalucía y el Caribe como espacios desde la perspectiva histórica convergentes mediante influencias recíprocas en diversos planos. En esta dirección, el presente artículo confirma tal unidad mediante el análisis de los puntos de coincidencia de dos paradigmas del pensamiento de ambos espacios: Blas Infante y José Martí. Es ostensible que la reflexión de ambos obtiene su significación inmediata en sus correspondientes contextos históricos de actuación; sin embargo, una exégesis que solo las considere en su inmediatez temporal se revela incompleta para calibrar su trascendencia. Ya que como señalaba Calvino; al establecer la etimología del concepto de “clásico”, (proviene, según el novelista italiano del latín “classis”, embarcación cuyo diseño la hace apta para navegar en diversas condiciones.), un discurso clásico es incapaz de envejecer. Del mismo modo, siguiendo la analogía, un clásico es aquel discurso que trasciende su contexto inmediato de sentido e interpela y dialoga en la diacronía con espacios sociotemporales alternativos. Así, la obras de Infante y Martí por su propia densidad analítica son susceptibles de prolongar su incidencia en la actualidad y dotar de gravidad la reflexión ya que algunos de los problemas a los que se enfrentaron ambos autores han variado en sus condiciones superficiales aunque en la profundidad revelan su persistencia. De este modo, si se tuviese que partir de un a priori que describiera la potencia de ambas obras se puede afirmar que en ambos casos se trata de una reflexión autotélica. Puesto que ambos pensamientos se formulan “territorializados”; esto es, a modo de panóptico dan cuenta de ciertos problemas que la trayectoria histórica de Cuba y Andalucía exponen y cuyos análisis revelan una intencionalidad idéntica que parte de la diversas imposibilidades del presente para postular una posibilidad resolutiva que las trascienda en el futuro. ¿Qué significación expresan, por ejemplo “Nuestra América” e “Ideal Andaluz” sino una proyección crítica del presente hacia un futuro alternativo y antagónico?. Asimismo, se verifica la convicción o más bien el imperativo de que la ruptura respecto de un orden sociopolítico pero también cultural e ideológico constituye el camino directo para que sus sociedades se reapropien de ese futuro, resignificándolo. Por lo que ni Blas Infante es un reformista como cierta crítica lo ha percibido ni Martí lo es; puesto que en este aspecto, es la radicalidad de sus reflexiones consecuencia de haber constatado el agotamiento de un modelo colonial por definición injusto la que encuentra en la ruptura que es emancipación y por tanto inicio de un destino propio el camino cierto que lleva a la autorealizacion de sus respectivas sociedades. Ambos son en este aspecto, pensamientos germinales; no solo dispuestos en perspectiva futura desde su propio agón histórico, sino orientados hacia nuestro propio porvenir histórico, interpelándonos. Por otra parte, constituyen discursos dialécticos; son organizados mediante la conocida tríada de tesis, antítesis y síntesis: entendiendo síntesis no solo como corolario obligado de sus tesis sino en la resolución trágica que concluye sus respectivas trayectorias vitales y otorga una unidad indisoluble de coherencia entre la vida y la obra. Pero además, sus textos raigales puesto que examinan la profundidad del malestar de sus respectivos pueblos y en este sentido, el malestar que es político, social y económico es inicialmente analizado en su sentido cultural e ideológico que es para ambos la clave respecto al cual los anteriores constituyen epifenómenos. De aquí el primer paso de ambos discursos críticos sea auscultar la historia americana y andaluza. De este modo, dada la importancia otorgada por ambos autores al valor performativo de sus palabras, este artículo propone indagar los puntos nodales en “Nuestra América y en “Ideal Andalus” en relación con las categorías del pensamiento decolonial; de esta manera el análisis comprobará la pertinencia actual de sus discursos, esto es, su inmediata capacidad interpelativa respecto a nuestra propia contemporaneidad. Para esto emplearemos como parámetros teóricos pero además como herramientas operativas en los textos citados, la hermenéutica decolonial, es decir, los conceptos clave del pensamiento decolonial y la Teoría del Análisis discursivo de Teun van Dijk.
Palabras-clave: Colonialismo. Colonialidad del ser. Colonialidad del poder. Colonialidad del saber. Decolonialidad. Pensamiento crítico. Emancipación-liberación.
Abstract:
It is known through numerous authors on both sides of the Atlantic Ocean, the links between Andalusia and the Caribbean as spaces from the historical perspective converging through reciprocal influences in different perspectives. In this direction, this article confirms this unity through the analysis of the points of coincidence of both thought paradigms and spaces: Blas Infante and José Martí. It is ostensible that the reflection of both obtains its immediate significance in their corresponding historical contexts of action; however, an exegesis that only considers them in their temporal immediacy is incomplete to gauge their transcendence. Since as Calvino pointed out to establish the etymology of the concept of “classic”, (comes, according to the Italian novelist of the Latin “classis”, boat whose design makes it suitable to navigate in various conditions), a classic discourse is unable to age. In the same way, following the analogy, a classic is that discourse that transcends its immediate context of meaning and interpellates and dialogues in diachrony with social and temporal spaces alternative. Thus, the works of Infante and Martí due to their own analytical density are likely to prolong their incidence in the present and endow the reflection with gravity since some of the problems faced by both authors which have varied in their superficial conditions although in the depth reveal their persistence. In this way, if it were necessary to start from the beginning that described the power of both works, it can be affirmed that in both cases it is an autotelic reflection. Since both thoughts are formulated “territorialized”; that is, as a panopticon they give account of certain problems that the historical trajectory of Cuba and Andalucía expose and whose analysis reveals an identical intentionality that starts from the diverse impossibilities of the present to postulate a resolutive possibility that transcends them in the future. What meaning do they express, for example, “Nuestra América” and “Ideal Andaluz”, but a critical projection of the present towards an alternative and antagonistic future? Likewise, the conviction or rather the imperative is verified that the rupture related to a sociopolitical but also cultural and ideological order constitutes the direct way for their societies to reappropriate that future, re-signifying it. For what neither Blas Infante is a reformer as some criticism has perceived him nor Martí; since this aspect, it is the radical nature of his reflections as a consequence of having verified the exhaustion of a colonial model by unfair definition which finds in the rupture which is emancipation and therefore the beginning of a proper destiny by the true path that leads to self-realization of their respective societies. Both are in this aspect, germinal thoughts; not only prepared in future perspective from its own historical agon, but oriented towards our own historical future, interpellating us. On the other hand, they constitute dialectical discourses; they are organized through the well-known triad of thesis, antithesis and synthesis: understanding synthesis not only as an obligatory corollary of their thesis but in the tragic resolution that concludes their vital respective trajectories and grants an indissoluble unity of coherence between life and work. But also, their rooted texts as they examine the depth of the discomfort of their respective people and in this sense, the discomfort that is political, social and economic, is initially analyzed in its cultural and ideological sense, that is for both the key to which the previous constitute epiphenomena. Hence the first step of both critical discourses is to listen to American and Andalusian history. In this way, given the importance by both authors to the performative value of their words, this article proposes to investigate the nodal points in “Our America” and the “Ideal Andaluz” in relation to the categories of decolonial thought; In this way, the analysis will verify the current relevance of his discourses, that is, his immediate interpellative capacity related to our own contemporaneity. For this we will use as theoretical parameters but also as operative tools in the texts the decolonial hermeneutics, that is, the key concepts of decolonial thinking and the Discursive Analysis Theory of Teun van Dijk.
Keywords: Colonialism. Coloniality of being. Coloniality of power. Coloniality of knowledge. Decoloniality. Critical thinking. Emancipation-liberation.
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