FLORA DO PARQUE NACIONAL DOS LENÇÓIS MARANHENSES: POLYGALACEAE
DOI:
https://doi.org/10.18764/1981-6421e2023.8Palavras-chave:
Nordeste, Restinga, Taxonomia, FabalesResumo
O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses abriga importantes espécies nativas e endêmicas do Brasil, entre as quais temos as Polygalaceae. Nesse contexto, o presente estudo propôs levantar a diversidade taxonômica das espécies de Polygalaceae ocorrentes no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, no trecho de Atins. Foram feitas caminhadas exploratórias na área de estudo, onde foram coletadas as Polygalaceae com flor e/ou fruto. As amostras foram herborizadas e identificadas no Laboratório de Estudos Botânicos, com o auxílio de chaves dicotômicas e literaturas especializadas. As pranchas fotográficas foram montadas a partir das fotos registradas em laboratório. Foram identificadas seis espécies de Polygalaceae, número semelhante ao encontrado em estudos nas restingas maranhenses; sendo Senega Spach o gênero mais diverso, com 3 ssp., seguido de Asemeia Raf. emend. Small (2 ssp.) e Caamembeca J.F.B.Pastore (1 sp.). Tal resultado é consistente com o estudo realizado na restinga do Pará, onde o Senega também foi o mais abundante. Observou-se que as espécies de Polygalaceae encontradas em Atins podem ser diferenciadas a partir da filotaxia, morfologia das folhas, sépalas e principalmente pela carena e sementes. Além disso, as espécies encontradas estão bem distribuídas nos domínios fitogeográficos brasileiros. Dessa forma, o parque apresentou uma rica diversidade de Polygalaceae, ressaltando a importância do estudo para a conservação. Também se evidencia a necessidade de ampliar o estudo para outras áreas e famílias botânicas, para melhor compreender a flora do parque.
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Referências
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