Turismo e distinção na globalização: o capital cultural para além da tese do cosmopolitismo
DOI:
https://doi.org/10.18764/2236-9473v20n2.2023.17Palavras-chave:
Capital cultural, Globalização, Distinção, Turismo, Elite, CosmopolitismoResumo
O artigo analisa as transformações do conceito bourdiesiano de capital cultural na situação de globalização por meio de um estudo empírico sobre turismo de luxo e “acessível”. Argumenta-se que, embora a tese do capital cultural cosmopolita tenha, mais recentemente, buscado apreender aquelas transformações, ela perde de vista a própria reconfiguração espacial promovida pela globalização por insistir na nação como referente principal das representações espaciais. A análise das ofertas do setor de turismo demonstra que o que está em questão não é a oposição entre nacional e estrangeiro, nem a superação dos referentes nacionais, mas a possibilidade, para certas frações de classe, de realizar novas composições distintivas entre diferentes escalas geosimbólicas. As fronteiras simbólicas se redesenham de forma a refletir o manejo distintivo das representações sociais acerca do espaço geográfico.
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