Sobre as disjunções entre direito e justiça: as práticas de racionalidade da injustiça operadas pelo Supremo Tribunal Federal no caso da demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol
DOI:
https://doi.org/10.18764/2236-9473.v13n25p225-250Palabras clave:
Justiça, Racionalidade, Supremo Tribunal Federal, Terra Indígena Raposa Serra do SolResumen
Este artigo tem como foco de análise a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal envolvendo a demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol. O acoplamento de condicionantes à decisão principal significou uma inovação do STF, pois elas não existem no ordenamento jurídico nem mesmo como salvaguardas institucionais, como se pretendeu estabelecer. Assim, embora o resultado final tenha sido favorável à TIRSS, o acolhimento das condicionantes pela maioria dos ministros mostrou a parcialidade da universalidade dos direitos,alocando os direitos indígenas em uma posição de segunda categoria. Nesse sentido,juntamente com a Súmula 650 e com o Decreto 1775/96, as condicionantes integram o que chamamos de racionalidade da injustiça. Compondo esse cenário, a força emanada pelos símbolos do universo jurídico contribui para a expressão de um direito mitificado, no qual essa mesma racionalidade, coberta pela toga e enobrecida por ritos e anéis, transformou-se no principal braço de um direito injusto.Descargas
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Publicado
2016-01-22
Cómo citar
LAGES, Anabelle Santos.
Sobre as disjunções entre direito e justiça: as práticas de racionalidade da injustiça operadas pelo Supremo Tribunal Federal no caso da demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol
. Revista Pós Ciências Sociais, v. 13, n. 25, p. 225–250, 22 ene. 2016 Disponível em: https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rpcsoc/article/view/4281. Acesso em: 22 nov. 2024.Número
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Artigos
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