Mestres sertanejos e os santuários das raças nativas: biografias e recursos de poder entre grandes pecuaristas do nordeste
DOI:
https://doi.org/10.18764/2236-9473.v14n27p253-278Palavras-chave:
Elite pecuarista, Caprinocultura, BiografiaResumo
O artigo analisa em narrativas biográficas alguns dos recursos de poder e distinção de uma elite proprietária rural do Nordeste que tem investido na pecuária de caprinos. Em pesquisa junto a fazendas tidas como modelos de criatórios no semiárido – a Carnaúba em Taperoá-PB e a Várzea dos Gatos, em Jeremoabo-BA – dinâmicas de ressignificação de latifúndios que “sobreviveram” a uma crise das relações de moradia e trabalho em crise no fim do século XX. Uma delas passa pelos “mestres da caatinga”: respeitados por gerações mais jovens das famílias proprietárias das fazendas, pela imprensa e universidades como figuras de alto grau de conhecimento - não apenas por ciência mas “vivência como sertanejos” – com a pecuária e as secas. A representação dos pecuaristas na biografia dos “patriarcas” exibe um projeto político de imposição de uma vocação para pecuária em defesa da grande propriedade no semiárido nordestino
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