Design que atravessa fronteiras: editores de móveis como intermediários na circulação internacional da 'criatividade brasileira'
DOI:
https://doi.org/10.18764/2236-9473v20n2.2023.20Palavras-chave:
Bens Simbólicos, Intermediários culturais, Design brasileiro, Circulação Internacional, EditoresResumo
Designers brasileiros têm ganhado cada vez mais notoriedade no mercado da arte e do design internacional. A crescente valorização desses criadores tanto tem aumentado a busca por seus móveis antigos e autênticos, que vem sendo especialmente comercializados como peças de coleção, quanto tem impulsionado a fabricação de novas peças, reproduzidas a partir dos desenhos originais. Nomeadas de “edição”, esses novos produtos continuam a incarnar a magia da assinatura de seus criadores. Este estudo trata, em primeiro momento, da presença do design em um mercado de bens simbólicos para, em seguida, focalizar o trabalho de fabricantes de design brasileiro que, se encarregando das funções práticas e simbólicas de “editores de móveis”, atuam como reprodutores, prescritores e guardiões de um mobiliário que é considerado produto de relevância cultural. Seguindo as trilhas da sociologia interessada nas operações de produção de bens simbólicos, o artigo analisa o papel desses intermediários culturais que contribuem diretamente para a produção e circulação de um mobiliário autoral. A internacionalização das empresas, as estratégias de singularização, com a valorização da assinatura e dispositivos de certificação da autenticidade são, nesse processo de reprodução de mercadorias estéticas, requisitos fundamentais para garantir a circulação do mobiliário brasileiro em um mercado renovado por lógicas transnacionais.
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