MEMÓRIA COLETIVA E AFIRMAÇÃO IDENTITÁRIA: entre invenções e desinvenções da história afroamazônica

Auteurs-es

Résumé

A Amazônia é um grande espaço de discussão, produção de pensamentos críticos e alforriamento cultural com demandas emancipatórias contra a historiografia brasileira, baseada no princípio falacioso de que a escravidão não teve maior importância na região porque o trabalho escravo indígena era mais utilizado do que o africano. Nas últimas décadas, essa tese vem sendo derrubada, com a organização das comunidades quilombolas no Baixo Amazonas. Este artigo faz um estudo dos discursos de colonizadores e colonizados, entre invenções e desinvenções da história afroamazônida, apresentando nuances da história e da cultura no interior da floresta. Ao chegarem ao “Novo Mundo” os colonizadores fizeram registros narrativos exóticos sobre a população e inventários econômicos sobre a natureza, apresentando-o como território de exploração. O cerzimento de alguns novos conceitos retirados da historia silenciada de afroamazônidas com a História oficial do País é o propósito de nossa discussão.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur-e

Eloísa Amorim de Barros, Instituto Esperança de Ensino Superior

Possui graduação em Psicologia pela Universidade da Amazônia (2012). Especialista em Saúde na Atenção Integral em Ortopedia e Traumatologia, na modalidade Residência Multiprofissional, pela Universidade do Estado do Pará (2015). Mestra em em Sociedade, Ambiente e Qualidade de Vida (PPGSAQ) pela Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Docente do Curso de Psicologia do Instituto Esperança de Ensino Superior (IESPES). Atua na clínica Particular sob a linha teórica da Gestalt-Terapia.  As práticas profissionais são voltadas para a Psicologia Hospitalar, Psicologia Clínica. Na Academia desenvolve atividades nas áreas de Psicologia da Saúde, Psicologia Social Comunitária, Estudos sobre o Processo de Luto, Psicologia e relações raciais, Hábitos culturais de saúde coletiva.

Itamar Rodrigues Paulino, Universidade Federal do Oeste do Pará

Doutor em Teoria Literária pela Universidade de Brasília (UnB), é professor e pesquisador na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), coordenador do Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Ambiente e Qualidade de Vida (PPGSAQ) e do Programa de Pesquisa e Extensão Cultura, Identidade e Memória na Amazônia (PROEXT-CIMA), do Centro de Formação Interdisciplinar da UFOPA.

Références

AZEVEDO, Idaliana Marinho de (org). Puxirum: memória dos negros do oeste paraense. Belém-PA: IAP, 2002.

BEZERRA NETO, José Maia. Escravidão Negra na Amazônia (Sécs. XVII-XIX). Belém: Paka-Tatu, 2001.

BOAS, Franz. Antropologia Cultura. Tradução de Celso Castro. 2ª ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005.

BOSI, Alfredo. Dialética da colonização. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

DE CERTEAU, Michel. A Cultura no Plural. Tradução de Enid Abreu Dobranszky, Campinas-SP: Papirus, 1995.

FERREIRA REIS, Arthur Cezar. O negro na empresa colonial dos portugueses na Amazônia. Actas do Congresso Internacional de História dos Descobrimentos. Lisboa: Comissão Executiva das Comemorações da Mrote Infante Dom Henrique V, 1961, II parte, 347-53.

FUNES, Eurípedes A. Comunidades Mocambeiras do Trombetas. Fortaleza-CE: UFC, 2015. Disponível em: http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/19861/1/2015_capliv_eafunes.pdf.

FUNES, Eurípedes. Mocambos: natureza, cultura e memória. História Unisinos, 13(2):146-153, Maio/Agosto, 2009.

FURTADO, Marcela B.; Pedroza, Regina L. S.; Alves, Cândida B. Cultura, Identidade e Subjetividade Quilombola: Uma Leitura a Partir da Psicologia Cultural. Psicologia e Sociedade, Belo Horizonte, vol. 26, nº01, 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822014000100012.

GADELHA, Regina Maria A. Fonseca. Conquista e ocupação da Amazônia: a fronteira Norte do Brasil. Estudos Avançados, São Paulo, vol.16, no.45, Mai/Ago, 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142002000200005.

MEIRELES, Marinelma Costa. As conexões do Maranhão com a África no tráfico atlântico de escravos na segunda metade do século XVII. Revista Outros Tempos. Dossiê escravidão, São Paulo, v. 8, 2009. Disponível em: https://www.outrostempos.uema.br/OJS/index.php/outros_tempos_uema/article/view/177 .

MOREIRA NETO, Carlos de Araújo. Índios da Amazônia: de maioria e minoria (1750-1850). Petrópolis-RJ: Vozes, 1998.

O’DWYER, Eliane Cantarino. Quilombos: Identidade Étnica e Territorialidade. Rio de Janeiro: FGV, 2002.

PAULINO, Itamar Rodrigues. A Amazônia entre culturas, identidades e memórias. Em: LIMA, Rogério e MAGALHÃES, Maria da Glória (orgs). Culturas e Imaginários: Deslocamentos, Interações e Superposições. Rio de Janeiro: 7Letras, 2018.

SALLES, Vicente. Memorial da Cabanagem: Esboço do pensamento Político-Revolucionário no Grão-Pará. Belém: Cejup, 1992.

SMITH, Anthony. Explorers of the Amazon. Chicago: University of Chicago Press, 1994.

TEIXEIRA, Lygia Conceição L. Marambiré: O negro no folclore paraense. Belém: Secult, FCPTN, 1989.

Téléchargements

Publié-e

2020-11-19

Comment citer

Barros, E. A. de, & Paulino, I. R. (2020). MEMÓRIA COLETIVA E AFIRMAÇÃO IDENTITÁRIA: entre invenções e desinvenções da história afroamazônica. Kwanissa: Revista De Estudos Africanos E Afro-Brasileiros, 3(6). Consulté à l’adresse https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/kwanissa/article/view/15011

Numéro

Rubrique

Artigos