CARACTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA DA MICROBACIA DO RIO BAURU/SP OBTIDA POR TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO

Autores

  • Sérgio Campos Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – FCA/UNESP/Botucatu-SP
  • Maurílio Uzó Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – FCA/UNESP/Botucatu-SP
  • Marcelo Campos Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP/Tupã-SP
  • Teresa Cristina Tarlé Pissarra Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – FCAV/UNESP/Jaboticabal-SP
  • Bruno Timóteo Rodrigues Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – FCA/UNESP/Botucatu-SP

DOI:

https://doi.org/10.18766/2446-6549/interespaco.v1n3p222-234

Palavras-chave:

Geoprocessamento, Morfometria, Hidrografia, Geoprocessing, Morphometry, Hydrography, Geoprocesamiento

Resumo

Esse trabalho objetivou a aplicação de geoprocessamento na caracterização morfométrica da microbacia do Rio Bauru – Bauru (SP) através do Sistema de Informação Geográfica – Selva, visando à preservação, racionalização do seu uso e recuperação ambiental.   A microbacia apresenta uma área de 4.049ha e está localizada entre os paralelos 22o 50' 05" a 22o 54' 26" de latitude S e 48o 22' 29" a 48o 26' 36"  de longitude W Gr.  A base cartográfica utilizada foi a carta planialtimétrica de Botucatu (SP), em escala 1:50000 (IBGE, 1973) na  extração das curvas de nível, da hidrografia e da topografia, em ambiente de Sistema de Informações Geográficas - Idrisi Selva, para determinação dos índices morfométricos. Os resultados mostram que os baixos valores da densidade de drenagem, associados à presença de rochas permeáveis, facilitam a infiltração da água no solo, diminuindo o escoamento superficial e o risco de erosão e da degradação ambiental, bem como o baixo valor do fator de forma amparado pelo índice de circularidade indica que a microbacia tende a ser mais alongada com menor susceptibilidade à ocorrência  de enchentes mais  acentuadas. O parâmetro ambiental coeficiente de rugosidade permitiu classificar a microbacia para vocação com floresta e reflorestamento.

Palavras-chave: Geoprocessamento; Morfometria; Hidrografia.

 

MORPHOMETRIC CHARACTERISTICS OF RIVER BAURU/SP WATERSHED OBTAINED BY GIS TECHNIQUES

 

ABSTRACT

This work aimed at the application of geoprocessing in the morphometric characterization of the watershed of the Rio Bauru - Bauru (SP) through the Geographic Information System - Selva, aimed at preservation, rational use and environmental restoration. The watershed covers an area of 4.049ha and is located between parallels 22o 50' 05" to 22o 54' 26" S latitude and 48o 22' 29" to 48o 26' 36" W longitude Gr. The base map used was planialtimetric chart of Botucatu (SP), scale 1: 50000 (IBGE, 1973) in the extraction of contour lines, hydrography and topography, Geographic Information System environment - Idrisi Selva, to determine the morphometric indices. The results show that the low values of the drainage density associated with the presence of permeable rock, facilitate the infiltration of water into the soil, reducing runoff and the risk of erosion and environmental degradation, as well as the low value of shape factor supported by the circularity index indicates that the watershed tends to be more elongated with less susceptibility to floods more pronounced. The environmental parameter coefficient of roughness allowed to classify the watershed for calling with forest and reforestation.

 

Keywords: Geoprocessing; Morphometry; Hydrography.

 

CARACTERIZACIÓN MORFOMÉTRICA DE LA CUENCA DEL RÍO BAURU/SP OBTENIDO MEDIANTE TÉCNICAS SIG

RESUMEN

Este trabajo dirigido a la aplicación de geoprocesamiento en la caracterización morfométrica de la cuenca del Río Bauru - Bauru (SP) a través del Sistema de Información Geográfica - Selva, dirigida a la conservación, uso racionalizado y la recuperación del medio ambiente. La cuenca tiene una superficie de 4.049 ha y está situado entre los paralelos 22o 50'05" a 22o54'26" S de latitud y 48o22'29 "a 48o26'36" W de longitud Gr. La cartografia basel básica utilizado fue la carta planialtimétrica de Botucatu (SP), a escala 1: 50.000 (IBGE, 1973) en la extracción de las curvas de nivel, hidrografia y topografia, Sistema de Información Geográfica em ambiente - Idrisi Selva, para determinar los índices morfométricos. Los resultados muestran que los bajos valores de la densidad de drenaje asociado con la presencia de rocas permeables, facilitan la infiltración de agua en el suelo, disminuyendo el desagüe y el riesgo de erosión y de degradación del medio ambiente, asi como el bajo valor de factor de forma, segun el índice de circularidade, indica que la cuenca tiende a ser más alargada con menor susceptibilidad a inundaciones más acentuadas. El parámetro ambiental, coeficiente de rugosidad, permitió clasificar la cuenca para classificar con la floresta y la reforestación.

Palabras clave: Geoprocesamiento; Morfometria; Hidrografia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sérgio Campos, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – FCA/UNESP/Botucatu-SP

Doutor em Agronomia e Professor Titular da Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – FCA/UNESP/Botucatu-SP.

Maurílio Uzó, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – FCA/UNESP/Botucatu-SP

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Energia na Agricultura, da Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – FCA/UNESP/Botucatu-SP.

Marcelo Campos, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP/Tupã-SP

Doutor em Física pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR e Professor Assistente Doutor da Faculdade de Ciências e Engenharia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP/Tupã-SP.

Teresa Cristina Tarlé Pissarra, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – FCAV/UNESP/Jaboticabal-SP

Doutora em Agronomia (Produção Vegetal) e Professora Adjunta da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – FCAV/UNESP/Jaboticabal-SP.

Bruno Timóteo Rodrigues, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – FCA/UNESP/Botucatu-SP

Geógrafo, Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Agronomia/Energia na Agricultura, da Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – FCA/UNESP/Botucatu-SP.

Referências

ALMEIDA, A. Q. de. Influência do desmatamento na disponibilidade hídrica da bacia hidrográfica do Córrego do Galo, Domingos Martins, ES. 2007. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental) - Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, 2007.

CARDOSO, C. A.; DIAS, H. C. T.; BOECHAT, C. P. Caracterização Morfométrica da Bacia Hidrográfica do Rio Debossan, Nova Friburgo/RJ. Revista Árvore, v. 30, n. 2, p. 241-248, 2006.

CEPAGRI – CENTRO DE PESQUISAS METEOROLÓGICAS E CLIMÁTICAS APLICADAS À AGRICULTURA. Bauru – SP. Disponível em: . Acesso em: 9 jun. 2012.

CHIARINI, J. J., DONZELLI, P. L. Levantamento por fotointerpretação das classes de capacidade de uso das terras do Estado de São Paulo. Bol. Tec. Inst. Agron., Campinas, n. 3, p. 1-29, 1973.

CHRISTOFOLETTI, A. Análise morfométrica das bacias hidrográficas. Notícia Geomorfologia, Campinas, v. 18, n. 9, p. 35-64, 1969.

CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. São Paulo: Edgard Blucher, 1980.

GANDOLFI, P. A. Investigações sedimentológicas, morfométricas e físio-químicas nas bacias do Moji-Guaçu, do Ribeira e do Peixe. 1971. Tese (Livre Docência). Universidade de São Paulo, São Carlos/SP, 1971.

HORTON, R. E. Erosional development of streams and their drainage basins: hidrophysical approach to quantitative morphology. Bull. Geol. Soc. Am., Colorado, v. 56, n. 3, p. 275-370, 1945.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Cartas do Brasil. Superintendência de Cartografia do Ministério do Planejamento e Coordenação Geral do Brasil. Folha de Bauru, 1973.

LEPSCH, J. F. et al. Manual para levantamento utilitário do meio físico e classificação de terras no sistema de capacidade de uso. Soc. Bras. Cien. do Solo, Campinas, SP, 2001. 175p.

MOREIRA, L., RODRIGUES, V. Análise morfométrica da microbacia da Fazenda Edgárdia – Botucatu (SP). Eletr. Eng. Florestal, Garça, v. 16, n. 1, p. 9-21, 2010.

OLIVEIRA, A.; FERREIRA, E. Caracterização de sub-bacias hidrográficas. Revista Brasileira de Geografia Física, n. 3, p. 112-122. 2010.

ROCHA, J. S. M. Manual de Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas. Santa Maria: Edições UFSM, 1991. 181 p.

ROCHA, J. S. M., SILVA, S. M. J. M. Manual de Manejo Integrado de Bacias Hidrográficas. Santa Maria: UFSM, 2001. 302p.

RODRIGUES, F. M.; PISSARRA, T . C. T.; CAMPOS, S. Caracterização morfométrica da microbacia hidrográfica Córrego da Fazenda Glória, Município de Taquaritinga. Irriga, Botucatu/SP, v. 13, n. 3, p. 310-322, 2008.

RODRIGUES, V. A.; FENNER, P. T.; AMARAL, L. P.; BANTEL, C. A.; IMANA, J. E.; ENCINAS, O. B. Degradação ambiental da microbacia do ribeirão Tamanduá em relação com sua morfometria. Revista Forestal Venezolana, Mérida, v. 1, n. 55, p. 23-28, 2011.

SANTOS, A. R. Caracterização morfológica, hidrológica e ambiental da bacia hidrográfica do rio Turvo Sujo, micro-região de Viçosa, MG. 141f. 2001. Tese (Doutorado Engenharia Agrícola) - Universidade Federal de Viçosa, MG, 2001.

SILVA, A. M.; SCHULZ, H. E.; BARBOSA, C. P. Erosão e Hidrossedimentologia em Bacias hidrográficas. São Carlos: RiMa. 141p., 2004.

SMITH, K.G. Standards for grading texture of erosional topography. American Journal of Science, n. 248, p. 655-668, 1950.

STRAHLER, A.N. Hypsometric analysis of erosional topography. Geol. Soc. America Bulletin, n. 63, p. 1117-1142, 1952.

STRAHLER, A. N. Quantitative analysis of watershed geomorphology. Trans. Am. Geophys. Un., New Haven, v. 38, p. 913-20, 1957.

TEIXEIRA, A. L. A., MORETTI, E., CRISTOFOLETTI, A. Introdução aos sistemas de informação geográfica. Rio Claro, SP, 1992, 80p.

TORRES, J. L. R., SILVA, T. R., OLIVEIRA, F. G., ARAÚJO, G. S., FABIAN, A. Diagnóstico socioeconômico, ambiental e avaliação das características morfométricas da microbacia do Córrego Alegria em Uberaba – MG. Sociedade & Natureza, Uberlândia, v. 19, p. 89-102, 2007.

VILLELA, S. M., MATTOS, A. A Hidrologia aplicada. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1975. p. 245.

Downloads

Como Citar

CAMPOS, Sérgio; UZÓ, Maurílio; CAMPOS, Marcelo; PISSARRA, Teresa Cristina Tarlé; RODRIGUES, Bruno Timóteo.
CARACTERIZAÇÃO MORFOMÉTRICA DA MICROBACIA DO RIO BAURU/SP OBTIDA POR TÉCNICAS DE GEOPROCESSAMENTO
. InterEspaço: Revista de Geografia e Interdisciplinaridade, v. 1, n. 3, p. 222–234, 8 Mar 2016 Disponível em: https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/interespaco/article/view/4444. Acesso em: 26 dez 2024.

Edição

Seção

Geografia e Análise Ambiental