Turismo de luxo: a produção do destino e a denegação do social
DOI:
https://doi.org/10.18764/2236-9473.v14n28p191-218Palavras-chave:
Luxo, Turismo, Globalização, Mercado, ConsumoResumo
Em situação de globalização, o luxo se modifica. Se anteriormente seu valor se dava pela classe que o consumia, com a transnacionalização das empresas que o operam e do público que o consome a noção de classe se apresenta muito restrita às intenções expansivas do luxo. Dessa forma, agentes de mercado e autores especializados do setor passam a produzir um novo discurso, que chamam de “novo luxo”: o luxo aparece como uma decisão individual, desvinculado de qualquer condicionamento social, mais bem caracterizado por expressões como experiência e descoberta. A noção de distinção perderia, segundo se advoga, a relevância explicativa para se pensar o luxo. Neste artigo
enfrentamos esse discurso com os resultados de uma pesquisa de campo baseada no mercado de turismo de luxo. Para tanto, entrevistamos agentes de turismo e representantes de uma empresa de operação mundial chamada rede Virtuoso, que busca reunir fornecedores, vendedores e compradores de
luxo. Concluímos que o luxo repõe fronteiras de classe, que são denegadas, e que os próprios destinos turísticos funcionam como marcas de classificação nesse mercado.
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