POVOS INDIGENAS NA FRONTEIRA GUIANA-BRASIL: Nacionalidade e indianidade numa fronteira internacional
Palavras-chave:
Nacionalidade, Fronteiras, Cultura Indigena, IdentidadeResumo
O trabalho aborda o tema das culturas híbridas, examinando como as ideologias nacionais guianense e brasileira, que permeiam as sociedades indígenas e suas organizações políticas, são conceptualizadas pelos povos indígenas cujos territórios tradicionais foram divididos historicamente pela fronteira internacional entre a Guiana e o Brasil. Os povos indígenas que se identificam como Makuxi e Wapichana habitam aldeias em grande parte de etnias mistas ao longo desta fronteira, tendo uma longa experiência das sociedades pós-coloniais, localizados como estão nas periferias geográficas destes dois Estados nacionais. Examina-se as interpretações indígenas de ideologias nacionais e pós-coloniais, numa situação em que há uma intensa migração de mão-de-obra da região do Rupununi na Guiana para Roraima no Brasil, sobretudo para a capital do estado, Boa Vista, desde a independência da Guiana em 1966 e especialmente após a revolta do Rupununi em 1969. Antes disto a migração foi, sobretudo, no sentido contrário de Roraima para Rupununi. O ambiente atual é altamente politizado com uma presença forte de ONGs nacionais e internacionais que trabalham em parceria com estes povos indígenas. Identidades nacionais, regionais e indígenas se sobrepõem e se misturam em maneiras aparentemente contraditórias e ambíguas numa situação altamente dinâmica.
Palavras-chave: Fronteira. Nacionalidade. Identidade
Resumen
El trabajo aborda el tema de las culturas híbridas, examinando como las ideologías nacionales guyanesa y brasileña permean las sociedades indígenas y sus organizaciones políticas. Éstas son conceptualizadas por los pueblos indígenas, cuyos territorios tradicionais fueron divididos históricamente por la fronteira internacional entre Guyana y Brasil. Los pueblos indígenas que se identifican como Makuxi y Wapichana habitan aldeas em gran parte de etnias mixtas a lo largo de esta frontera, teniendo una larga experiencia de sociedades pós-coloniales por su localización em las periferías geográficas de estos dos Estados nacionales. El artículo analisa las interpretaciones indígenas de las ideologías nacionales y pós-coloniales, en el contexto de las amplias migraciones de la mano de obra de la región de Rupununi em la Guyana para Roraima en Brasil, sobre todo para la capital del estado, Boa Vista, desde la independencia de Guyana em 1966 y especialmente después de la revuelta de los Rupununi em 1969. Antes de estos acontecimientos la migración fue sobre todo em el sentido contrario, de politizado com uma fuerte presencia de ONGs nacionales e internacionales que trabajan em apoyo a estos pueblos indígenas. Identidades nacionales, regionales e indígenas se sobreponem y mezclan, de formas aparentemente contradictorias y ambíguas, creando una situación altamente dinámica.
Palabras claves: Fronteira. Nacionalidad. Identidad
Abstract
The paper approaches the theme of hybrid cultures, examining how the Brasilian and Guyanese national ideologies, which are in between the Indian societies and their politic organizations, are conceptualized by the Indian people which traditional territories have been historically divided by the international frontier between Guyana and Brazil. The Indian people that identify themselves as Makuxi and Wapichana live in village almost with mixed ethnics nearby this frontier, and have a long experience of the postcolonial societies, located how they are in the geographic peripheries of these two national States. The paper also will examine the Indian interpretations about national and postcolonial ideologies, in a situation which there is na intense migration of labor from the region of Rupununi, in Guyana, to Roraima, in Brazil, especially to the capital of the State, Boa Vista, since the independence of Guyana in 1966 and particularly after the Revolt of Rupununi in 1969. Before that, the migration was especially from Roraima to Rupununi. In these days the environment is highly politicized with the strong presence of national and international NGOs which work in partnership with these Indian people. National, regional and indigenous identities are put one on top of another and mixed in apparently ambiguous and contradictory manners in a situation highly dynamic.
Keywords: Frontier. Nationality. Identity
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