Religião como cultura? As festas do divino, o tambor de mina e o regime patrimonial
DOI:
https://doi.org/10.18764/2236-9473.v14n27p91-112Palavras-chave:
Religião, patrimônio, festa, tambor de mina, religiões afro-brasileirasResumo
Este artigo visa proceder ao exame das políticas e práticas de objetificação das festas do Divino de São Luís (Maranhão) e dos seus impactos nos terreiros de tambor de mina, onde se realiza a maioria das festas. Defende que um dos efeitos dessas políticas e práticas foi a culturalização das festas, isto é, a sua tematização em torno de ideias sobre cultura, raízes e tradição. Examina
também os termos dessa culturalização. Esta deve ser vista não tanto como um processo de ressignificação radical das festas, mas como um processo de adição de um novo significado – cultural – aos significados – religiosos e sociais – que continuam a caracterizar as festas.
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