Isso sim é comida de madame: um estudo sobre a relação entre práticas alimentares e mobilidade social ascendente

Autores

  • Juliana Abonizio
  • Maria Luisa Jimenez-Jimenez

DOI:

https://doi.org/10.18764/2236-9473.v14n27p209-232

Palavras-chave:

Consumo, Cultura Alimentar, Ascensão Social, Mulheres, Cuiabá

Resumo

Este trabalho visa compreender a relação entre mobilidade social ascendente e transformação nos hábitos de consumo alimentar, desvendando como a cozinha sujeita-se aos imperativos da moda. A adoção de determinados pratos, dietas e utensílios garante o sentimento de pertencimento à nova condição social na medida em que também se processa como ritual de afastamento da antiga. Para atingirmos nosso objetivo, recorremos a entrevistas com mulheres ‒ tradicionalmente responsáveis pelas escolhas dos alimentos da família ‒, de camadas médias urbanas em Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso, que tiveram um aumento no poder de consumo nos últimos anos. A pesquisa apontou como a mobilidade social ascendente favoreceu a inserção de alimentos/comidas considerados globalizados, como a adoção de pratos da cozinha internacional, utilização de novas tecnologias ligadas às práticas culinárias alterando o saber-fazer dessa atividade, dentre outras coisas que ressignificam as práticas alimentares e os próprios alimentos.

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Biografia do Autor

Juliana Abonizio

Doutora em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Docente do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea da Universidade Federal de Mato Grosso - ECCO- UFMT
(Cuiabá/MT/BR)

Maria Luisa Jimenez-Jimenez

Doutoranda em Estudos de Cultura Contemporânea pela Universidade Federal de Mato Grosso - ECCO-UFMT
(Cuiabá/MT/BR). 

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Publicado

2018-03-06

Como Citar

ABONIZIO, Juliana; JIMENEZ-JIMENEZ, Maria Luisa.
Isso sim é comida de madame: um estudo sobre a relação entre práticas alimentares e mobilidade social ascendente
. Revista Pós Ciências Sociais, v. 15, n. 29, p. 209–232, 6 Mar 2018 Disponível em: https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rpcsoc/article/view/8505. Acesso em: 4 nov 2024.