https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rbhr/gateway/plugin/AnnouncementFeedGatewayPlugin/atom Revista Brasileira de História das Religiões: Notícias 2024-07-02T11:12:30-03:00 Open Journal Systems <p>A Revista Brasileira de História das Religiões (RBHR) é uma publicação sediada no Programa de Pós-Graduação em História e Conexões Atlânticas (PPGHis) da UFMA e vinculada ao GT de História das Religiões e Religiosidades (GTHRR) da Associação Nacional de História (ANPUH).</p> <p>A RBHR publica textos originais de temáticas vinculadas à história das religiões, prezando pelo diálogo com as diversas áreas do saber, como Sociologia, Antropologia, Teologia, Filosofia, Geografia e Literatura, entre outras.</p> <p>A RBHR está indexada em:<strong> </strong>Portal de Periódicos da CAPES; Latindex; DOAJ - Directory of Open Access Journals; ANPUH – Associação Nacional de História; EZB Eletronic Journals Library </p> <p>ISSN 1983-2850</p> <p>Periodicidade: Quadrimestral</p> <p><strong>Qualis/CAPES (2017-2020): A2</strong></p> https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rbhr/announcement/view/402 Chamada Temática nº 51 - FUNDAMENTALISMOS RELIGIOSOS ONTEM E HOJE 2024-07-02T11:12:30-03:00 Revista Brasileira de História das Religiões <p>Em finais do XIX, autores como Max Weber (2015) apontavam para o chamado <em>desencantamento do mundo</em>, isto é, um processo longo que seria responsável em substituir a manipulação do mundo pelas forças sobrenaturais por uma racionalização cada vez mais acentuada. Contudo, a despeito das previsões do sociólogo alemão, o que se constata no século XX é o exato oposto, isto é, a presença cada vez maior de grupos que, em nome da sua religião, reivindicam espaço e ações no espaço público e político. Tal quadro é apresentado por Armstrong (2009, p.9) como a manifestação do fundamentalismo.</p> <p>Segundo a autora (ARMSTRONG, 2009, p.9) uma característica desses movimentos é uma suposta aversão aos valores mais básicos da sociedade moderna, qual sejam: “democracia, pluralismo, tolerância religiosa, paz internacional, liberdade de expressão, separação entre Igreja e Estado (...)” (ARMSTRONG, 2009, p.9). Nesse sentido, um traço característico entre os diferentes grupos religiosos passivos de serem caracterizados como fundamentalistas, seria a inserção do sagrado no campo da política. A despeito desta recusa à modernidade, os fundamentalistas podem ser enquadrados como produtos desta mesma sociedade, pois é segundo os critérios e mecanismo da modernidade que operam (DE MARIA; CHEVITARESE, s/p).</p> <p>Outro ponto de análise, seguindo as propostas teóricas de Manuel Castells (2013), seria a oferta da produção de identidade oferecida pela religião num período histórico onde valores tidos como fixos se tornam cada vez mais dispersos e descaracterizado, atingindo a sociedade, especialmente os discursos religiosos. Bauman (2000) aponta o surgimento de uma “modernidade líquida” onde laços outrora tidos como fixos, se esboroam em contato com a modernidade, sendo a religião um desses laços portadores de sentido.&nbsp; O suposto “retorno aos fundamentos” ou um “retorno à tradição” prometidos pelos fundamentalismos se tornam cada vez mais comuns e atraentes tanto em sociedades ocidentais como em países do Oriente.</p> <p>O Tradicionalismo católico, o Salafismo islâmico e os movimentos radicais cristãos são apenas alguns exemplos da multiplicidade de discursos que negam a modernidade, e, ao mesmo tempo, dela se utilizam para alcançarem as massas através de ferramentas digitais modernas. Para Mark Sedgwick (2023, p.19), trata-se da busca de uma reordenação sagrada do mundo decadente e pautado por valores morais inaceitáveis.</p> <p>Os diferentes fundamentalismos, a despeito de quão afastados estejam das práticas religiosas e culturais da modernidade, seguem atraindo mais adeptos, o que os torna atores sociais significativos. Atualmente o campo de estudo dos fundamentalismos ainda é pouco explorado por estudiosos acadêmicos no Brasil, o que faz necessário o debate e as tentativas de compreensão por estudiosos do tema.</p> <p>Assim, a presente chamada de dossiê temático tem por objetivo reunir pesquisas que proponham contribuições inovadoras para a reflexão sobre sore os mais diversos tipos de fundamentalismos a partir de suas manifestações, histórica, sociológica, política, cultural, intelectual, psicanalítica, teológica etc. Assim, o dossiê pretende reunir estudos que apontem debates, reflexões e análises por meio da compreensão de acontecimentos, fenômenos, autores ou grupos documentais que contemplem questões acerca dos fundamentalismos religiosos.</p> <p><strong>Organizadores:</strong></p> <p><strong>Ronald Apolinario de Lira</strong>, graduado em História, mestre e doutor em Ciências Sociais é docente do departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História (PPHR) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, produzindo pesquisas sobre o tradicionalismo católico.</p> <p>ORCID: <a href="https://orcid.org/0000-0002-4625-049X">https://orcid.org/0000-0002-4625-049X</a>.&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p><strong>João Guilherme Lisbôa Rangel, </strong>graduado, mestre e doutor em História pelo Programa de Pós-Graduação em História (PPHR) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Professor da rede municipal de Maricá e pesquisador do Laboratório de Estudos dos Protestantismos (LABEP). Pesquisa temas ligados ao fundamentalismo católico, santidade e reformas religiosas no século XVI.</p> <p>ORCID: <a href="http://orcid.org/0000-0002-8743-659X">http://orcid.org/0000-0002-8743-659X</a></p> 2024-07-02T11:12:30-03:00 https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rbhr/announcement/view/397 PRORROGAÇÃO DO PRAZO PARA ENVIO DE ARTIGOS PARA 24 DE JUNHO 2024-06-11T10:43:41-03:00 Revista Brasileira de História das Religiões 2024-06-11T10:43:41-03:00 https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rbhr/announcement/view/388 Chamada Temática Nº 50 - SABERES TRADICIONAIS, TERAPIAS E CURAS NO CAMPO RELIGIOSO 2024-04-07T13:26:11-03:00 Revista Brasileira de História das Religiões <p><strong><u>Chamada Temática Nº 50</u></strong><u> - <strong>SABERES TRADICIONAIS, TERAPIAS E CURAS NO CAMPO RELIGIOSO </strong></u></p> <p>Prazo de envio de artigos 24 de junho de 2024<br>Publicação em agosto de 2024</p> <p>Este dossiê parte da premissa de que os saberes tradicionais, as terapias e as curas, sempre andaram lado a lado com postulados religiosos que emprestam credibilidade a essas práticas populares. Entre a saúde do corpo e o bem-estar do espírito existe uma intersecção que tem sido objeto de análise dos especialistas que se ocupam do tema. Esse campo vem reconfigurando os estudos relativos aos fenômenos religiosos, reforçado por um diálogo necessário com várias áreas do conhecimento. Nessa miríade de possibilidade de análise, estão estudos que tratam da farmacologia, crenças, alternativas terapêuticas, superstições, práticas ritualísticas, saberes populares entre outros.</p> <p>O presente dossiê visa reunir estudos, entre eles multi, inter e transdisciplinares, nos quais busca-se analisar e compreender as manifestações, práticas, configurações e dinâmicas das ofertas de curas e terapias religiosas em várias partes do mundo.</p> <p><strong>PROPOSITORES:</strong></p> <p><strong>Marcia Grisotti</strong> (Universidade Federal de Santa Catarina) é professora titular do Departamento de Sociologia e Ciência Política/UFSC. Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Santa Catarina (1987), mestrado em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (1992), doutorado em Sociologia pela Universidade de São Paulo (2003) e pós-doutorado realizado na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS) e Collège de France (2015). Exerceu a função de chefe de Departamento de Sociologia e Ciência Política (2009-2013), de coordenadora do programa de Pós-graduação em Sociologia Política da Universidade Federal de Santa Catarina (2016-2018) e de coordenadora científica do Programa Erasmus Fellow Mundus financiado pela União Européia (2013-2017). Atualmente é sub-coordenadora do Doutorado Interdisciplinar da UFSC. Tem experiência de pesquisa na área de Sociologia da Saúde, com ênfase nos seguintes temas: sociologia e historia das epidemias e do conhecimento médico, representações sociais em saúde, sociologia das doenças infecciosas emergentes, políticas de saúde e de meio ambiente. É coordenadora do Núcleo de Pesquisa: Ecologia Humana e Sociologia da Saúde da UFSC</p> <p><strong>Roberto Radünz</strong> (Universidade de Caxias do Sul) possui graduação em História e Teologia. Doutor em História do Brasil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Pós-doutorado no Institute of the American and Europe na Universidade de Varsóvia / Polônia. Professor e pesquisador da Universidade de Caxias do Sul - UCS. Coordenador do Programa de Pós-Graduação em História e colaborador no Programa de Pós-Graduação em Letras da UCS. Tem experiência na área de História, com ênfase em História Contemporânea, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de história, luteranismo, religiosidade, educação patrimonial, escravidão e fontes e acervos.</p> <p><strong>Renata Siuda-Ambroziak</strong> (Universidade de Varsóvia) é pós-doutora em Sociologia pela Universidade Federal de Santa Catarina, doutora em Filosofia Social. Possui tambem: especializacao em Estudos Latino-Americanos pela Centro de Estudos Latino-Americanos da Universidade de Varsóvia. Atualmente professora-pesquisadora no Centro dos Estudos Americanos da Universidade de Varsóvia, coordenadora do Laboratório dos Estudos Brasileiros e pesquisadora no PPG em História Social da UERJ, trabalhando com os seguintes temas: transformações religiosas, religiosidades, mercado religioso - análise sociológica e cultural, curas religiosas, migrações e religião (descendentes dos poloneses no Brasil). Integrante do Laboratório da Etnicidade, Discriminação e Racismo da USP, membro dos grupos de pesquisa: Histórias Migrantes e Travessias.</p> 2024-04-07T13:26:11-03:00