O HOMEM EM CRISE E A PSICOTERAPIA FENOMENOLÓGICO-EXISTENCIAL

Autores

  • Ana Maria Lopes Calvo Feijoo Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Palavras-chave:

Tonalidades afetivas, Psicologia clínica, Fenomenológico-existencial, Heidegger

Resumo

As crises  existenciais  serão  discutidas  aqui  por  meio  das  tonalidades afetivas  fundamentais da angústia,  tédio e  temor,  tal como pensadas por Heidegger. Estas,  embora,  em  um  primeiro momento,  apareçam  como  situações  ameaçadoras, constituem-se  em  uma  atmosfera  que  promove  a  possibilidade  de  uma  saída  da restrição e estreitamento das possibilidades existenciais.  Heidegger pensa o cotidiano em  uma  perspectiva  do  comportamento  mediano  na  era  da  técnica,  no  qual permanecemos com a impressão de que somos determinados, temos o controle e que podemos  viver  imersos na novidade. Agimos  de modo a acreditar que a nossa  vida nos  pertence  e  que  nada  pode  ameaçar  nossa  existência. E  toda  vez  que  temos  o anúncio  do  incontrolável  e  do  indeterminado  tendemos,  no  início  e  na maioria  das vezes, a retornar à tutela do impessoal. Acontece que quando as tonalidades afetivas
fundamentais  surgem  e  rompem  com  as  determinações  sedimentadas,  outras possibilidades  são  descortinadas.  E  assim  abre-se  a  possibilidade  de  uma  saída singular. No aguardo de que essa possibilidade aconteça, encontramos um espaço no qual a clinica psicológica em uma perspectiva fenomenológico-existencial acontece.

Palavras-chave: Tonalidades afetivas. Psicologia clínica. Fenomenológico-existencial.
Heidegger.

Abstract

The  existential  crisis  will  be  discussed  here  through  the  fundamental affective  tonalities angst, boredom and fear, as thought by Heidegger. These,  though, at  first,  appear  to  be  threatening  situations,  are  in  an  atmosphere  that  promotes  the possibility  of  an  exit  of  the  restriction  and  narrowing  of  existential  possibilities.  Heidegger  thinks  the  everyday  in  a  perspective  of  median  behavior  in  the  age  of technique, in which stayed with the impression that we are certain we have the control and we  live  immersed  in novelty. We are so confident  that our  lives belong  to us and that nothing can threaten our existence. And whenever we have the announcement of uncontrollable and unsexed  tend, at  the beginning and most of  the  time,  to  return  the tutelage of  impersonal.  It  turns out that when the fundamental affective tonalities arise and break with  the other possibilities are sedimented determinations. And  thus opens the possibility of a natural outlet. Look  forward  to  this possibility  from happening, we find  the  space  in  which  the  psychological  clinic  in  a  phenomenological-existential perspective happens.

Keywords:  Affective  tonalities. Clinical  psychology. Existential-phenomenological. Heidegger.

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Biografia do Autor

Ana Maria Lopes Calvo Feijoo, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Psicóloga, mestre  em  Psicologia  da  Personalidade, Doutora  em  Psicoterapias  Atuais  pela Universidade  Federal  do  Rio  de  Janeiro  (2000).  Pesquisadora  -  Diretório  dos  Grupos  de Pesquisa do Brasil e Professor Adjunto da graduação e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social  da Universidade  do Estado  do Rio  de  Janeiro. Pós-doutorado  em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. A experiência profissional acontece na área de Psicologia, com ênfase em clínica, e no social, atuando principalmente nos seguintes  temas: psicologia clinica, psicologia social, fenomenologia- hermenêutica e filosofia da existência.

Como Citar

Feijoo, A. M. L. C. (2013). O HOMEM EM CRISE E A PSICOTERAPIA FENOMENOLÓGICO-EXISTENCIAL. Fenomenologia E Psicologia, 1(1), 95–106. Recuperado de https://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/fenomenolpsicol/article/view/1345

Edição

Seção

Artigo