A MÍSTICA DO FEMININO: a secularização da metafísica no materialismo dialético

Autores

  • Wellington Lima Amorim Universidade Federal do Maranhão - UFMA
  • Diogo Santana Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Contingência, Gênero, Etica, Política

Resumo

O feminismo enquanto movimento, de uma forma genérica e abrangente, refere-se a uma pluralidade de doutrinas sobre a condição de opressão e exploração da mulher numa sociedade majoritariamente patriarcal e capitalista, assim como, estabelece uma série de possibilidades para superar essa condição. Para tanto, a fim de que tal exploração se estabeleça é necessário a esse mesmo sistema, justifique um conceito de mulher, adequada portanto, ao status quo. Inspiradas em Simone de Beauvoir e mais tarde em Foucault, que inspiram o conceito de mulher enquanto construção social (e por isso cultural), o feminismo visa uma determinação autônoma do ser mulher, isto é, como construção particular (individual) e/ ou como classe, que recebe influência do materialismo dialético marxista. O presente artigo tem como objetivo demonstrar que essa noção de autonomia, antes do materialismo dialético, é devedora da metafísica religiosa encontrada em algumas tradições orientais, seja entre os gregos ou monges tibetanos, o que estabelece uma necessidade de revisão tanto da noção de autonomia quanto do materialismo no qual ela se justifica, enquanto abordagem científica, política e democrática. 

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Biografia do Autor

Wellington Lima Amorim, Universidade Federal do Maranhão - UFMA

Graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2003), Especialização sobre o Ensino de Filosofia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2005), Mestrado em Filosofia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2005) e Doutorado pelo Programa Interdisciplinar em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Catarina (2009). Atualmente professor Adjunto DE da Universidade Federal do Maranhão. Professor Visitante da Universidade de Barcelona - UB (2009-2011). Professor colaborador do Instituto Véritas. Líder do Grupo de Estudos Interdisciplinares em Ciências Humanas, Contingência e Técnica. Experiência na área de Filosofia, Ética, Teoria Sociológica Contemporânea, Antropologia e Responsabilidade Social. A ênfase é em Filosofia, atuando principalmente nos seguintes temas: Ética, Violência, Estado, Filosofia, Educação, Multidisciplinaridade, Interdisciplinaridade, Transdisciplinaridade, Interculturalismo, Multiculturalismo, Modernidade e Pós-modernidade.

Diogo Santana, Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Graduando em Filosofia

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Publicado

2016-12-07

Como Citar

Amorim, W. L., & Santana, D. (2016). A MÍSTICA DO FEMININO: a secularização da metafísica no materialismo dialético. Cadernos Zygmunt Bauman, 6(12). Recuperado de http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/bauman/article/view/6652